Autor: Afonso Murad
Editora: Edições Paulinas e Editora Santuário
Este livro “Maria, toda de Deus e tão humana” é uma edição atualizada e ampliada do livro da coleção LBT que trazia este mesmo nome e que não será mais reeditado. Esta nova edição é um verdadeiro Compêndio de Mariologia, que apresenta a visão cristã acerca da Mãe de Jesus na Bíblia, nos Dogmas, na devoção popular e na Liturgia.
O Ir. Afonso Murad, resgata os dados fundamentais da Bíblia e da Tradição Eclesial, articulando-os com as correntes teológicas atuais. Apresenta uma mariologia em estreita ligação com outras disciplinas teológicas, como a teologia bíblica, a cristologia, a trindade, a antropologia teológica, a liturgia e a escatologia. Especialmente importantes são os capítulos dedicados ao dogma de Maria, mãe de Deus, Imaculada Conceição e da Assunção de Maria, bem como o esclarecedor e, último capítulo, sobre as aparições.
O livro possui linguagem simples, profunda, com textos complementares de vários autores no final de cada capítulo. É um texto-base para o estudo de mariologia nos cursos de Iniciação Teológica para leigos(as) e para cursos seminarísticos e acadêmicos de teologia. Dirige-se também a líderes cristãos de pastorais, movimentos e todos aqueles que buscam um estudo mais atualizado sobre Maria, a Mãe de Jesus.
Equipe do Centro Loyola
15.08.2012
GASDA, Élio Estanislau (org.).
Petrópolis: Vozes; Goiania: Editora PUC/Goiás, 2012. 310 páginas.
Na origem deste livro está o grande impulso dado pelo Concílio Vaticano II (Dei Verbum) na redescoberta da Palavra de Deus, retomado no pontificado de Bento XVI na Verbum Domini - Exortação apostólica pós-sinodal sobre a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja (2010). É, também, uma homenagem a Johan Konings, um dos grandes expoentes dos estudos bíblicos do Brasil, por ocasião de seu 70º aniversário natalício. Seu itinerário intelectual está marcado pelo serviço à Palavra de Deus.
Este livro é uma rigorosa seleção de textos que, partindo da Palavra de Deus, abordam os diversos campos de estudos da teologia: Exegese Bíblica e Hermenêutica, Teologia Fundamental, Cultura e Revelação, Liturgia e Espiritualidade, Ética e Pastoral. A originalidade desta abordagem plural manifesta como a Palavra de Deus vai ganhando sentido vivo e atual pelo espírito à medida que é interpretada com vistas ao mistério da salvação revelado pela própria “Palavra”.
A profundidade dos textos é uma amostra concreta de como a leitura atenta e respeitosa da Palavra de Deus enriquece a fé e a práxis do ser cristão (Johan Konings). Em poucas obras desta índole se encontra uma combinação de autores tão qualificados pertencentes à diversas áreas da teologia, oriundos de distintas instituições acadêmicas. Neste sentido, o livro oferece uma contribuição imprescindível para a Igreja, cujo foco deve ser sempre o Verbo Encarnado, manifestado ao mundo de forma definitiva: Toda a Escritura divina encontra em Cristo a sua realização.
Equipe do Centro Loyola
01.08.2012
Afonso Murad e Vera Bombonato (Org)
Teologia para viver com sentido é um livro homenagem ao teólogo brasileiro João Batista Libânio, por ocasião de seus oitenta anos de vida. Nele, articulam-se textos teológicos de nível acadêmico com aspectos pastorais e testemunhais, escritos de forma original e atraente, que são inseparáveis na trajetória de Libanio. Somados à relação de sua vasta produção teológica, têm como objetivo ajudar a conhecer e compreender a magnitude deste homem que é, sem dúvida, um dos maiores nomes da teologia em nosso país e na América Latina.
Organizado com a contribuição dos Programas de Pós-Graduação de Teologia da Faculdade Jesuíta (FAJE) e da PUC-Rio e do PPG de Ciências da Religião da PUC-Minas, esta obra dialoga com Libanio a partir do horizonte da Teologia Fundamental. Trata de pensar a experiência religiosa e a fé em perspectiva de diálogo com a sociedade contemporânea, plural e multiforme.
Equipe do site
15.07.2012
Deus na literatura brasileira contemporânea.
Geraldo De Mori, Luciano Santos, Carlos Caldas (orgs.)
Edições Loyola, 2012.
O livro é uma coletânea de estudos de autores de diversas áreas do saber: teologia, literatura, filosofia. O objetivo é mostrar como Deus se inscreve nas obras poéticas e literárias do Brasil contemporâneo. Não é um livro de análise literária minuciosa, mas apresenta novas possibilidades de interpretação e descoberta do mundo que a literatura e a poesia oferecem.
Jorge de Lima, Murilo Mendes, Malba Tahan, Augusto dos Anjos, Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Adélia Prado, João Ubaldo Ribeiro e outros, são analisados pelo olhar atento de várias pessoas. Destaco o texto de Maria Clara Bingemer sobre “Deus: experiência originante e originada. O texto materno teologal de Adélia Prado” e o texto de Marília Murta “Lori e o Deus (ou: A experiência do sagrado em um romance de Clarice Lispector”. Mas, o livro todo é saboroso, como é a literatura, lugar da Beleza.
Lucimara Trevizan
Equipe do Centro Loyola
01.07.2012
Anton Tchékov
L&PM, 2012
Em muitas listas, não em todas porque unanimidades não existem, Tchékov seria apontado como um dos 5 maiores contistas da literatura mundial. Russo de nascimento, Tchékov (1860-1904), célebre também pelas peças que continuam a ser encenadas no mundo todo, é autor de numerosos contos, dos quais muitos estão disponíveis em língua portuguesa. Aproveite sua próxima folga e corra para este pequeno volume, ao preço de meros 5,00 reais, que reúne oito contos. Esteja certo de que neles que você vai reconhecer a matéria de que é feito o nosso cotidiano, contada com rara maestria: a humilhação que infringimos ou sofremos, a maldade de que somos capazes, a coragem diante do infortúnio, a presença avassaladora do amor, os acontecimentos que atropelam nossas melhores intenções, o pó que, às vezes, cobre nossas vidas e as sempre possíveis reviravoltas.
Tchékov possui algumas virtudes que fazem dele um clássico: ao invés de julgar, compreende, ao invés de tomar partido, respeita a diversidade tão própria da condição humana. E, no final das contas, em não importa qual circunstância, toma o partido da humanidade, cuja fragilidade não deve impedir, que cada um de nós, na medida do empenho de que formos capazes, recuse o percurso que um suposto destino nos prescrevia.
Não se surpreenda se você se reconhecer num personagem: vai acontecer.
Ricardo Fenati
Equipe do Centro Loyola
15.06.2012
Sarah Bakewell
Objetiva, 2012
Não se engane, não estamos diante de mais um livro de auto-ajuda. Que nos ajudem a viver, que enriqueçam nossas vidas e que nos tornem mais humanos, tudo isto é o melhor destino dos livros e é o que se passa com as grandes obras, vivemos melhor quando as conhecemos. Mas os livros de auto-ajuda à nossa volta estão longe disso: ansiosos pela entrega das respostas, sequer chegam a perceber o que está em jogo. Desconhecedores da dor e da infinita diversidade da vida, é de pouco valor o que têm a ensinar. Mas este Como Viver não é nada disto. Ocupando-se de Montaigne, celebra, em mil ocasiões, a quota de alegria que nos cabe enquanto humanos. Se não podemos tudo, e não podemos mesmo, não faltam motivos e nem oportunidades para que levemos uma vida onde o contentamento tenha o seu lugar. Escritor no Renascimento, Montaigne sabe que está diante de uma aurora. Finda a Idade Média, é preciso navegar em direção a um continente propriamente humano. É essa a coragem de Montaigne, é a essa coragem que ele, sem cessar, nos convida. Aceite o convite.
Ricardo Fenati
01.06.2012
Pe. Delmar Cardoso (Org.)
Edições Loyola, 2012
O livro Jesuítas e Filosofias: perspectivas história e atitudes põe o leitor brasileiro em contato com o tema da importância do estudo da filosofia para os jesuítas.
Na sua primeira parte, o livro traz dois documentos escritos pela Equipe Jesuíta Latino-Americana de Filosofia, um grupo de jesuítas que trabalham com filosofia em diferentes países da América Latina. Nesta parte, explicita-se o porquê do estudo da filosofia numa instituição como a Companhia de Jesus, neste contexto de rápidas mudanças em que vivemos.
A segunda parte do livro traz um panorama da história da relação entre jesuítas e filosofias. Na terceira parte do livro, há um texto de João Mac Dowell sobre o sentido do estudo da filosofia no caminho formativo de um jovem jesuíta e um texto de Emilio Brito, filósofo cubano radicado em Lovaina, sobre a relação entre os Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola e a modernidade.
Equipe do site
15.05.2012
O livro foi organizado por Delmar Cardoso sj, professor de filosofia da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE), é fruto de atividades da Faculdade Jesuíta, que completa 30 anos em Belo Horizonte em 2012.
Pensadores do Século XX, em 12 capítulos, apresenta importantes nomes da história das ideias pertencentes cronologicamente ao século XX: Martin Heidegger, Leo Strauss, Paulo Freire, Jürgen Habermas, Ludwig Wittgenstein, Hannah Arendt, Simone Weil, Maurice Blondel, Emmanuel Levinas, Edmund Husserl, Henri Bergson e Henrique de Lima Vaz. Os professores que o escreveram são especialistas nesses pensadores. Os textos tiveram sua origem no projeto Sexta Filosófica, que é uma atividade do programa de pós-graduação de filosofia da FAJE, que visa abrir a discussão filosófica para um público mais amplo.
Equipe do site
01.05.2012
Autor: Luiz Felipe Pondé
Editora Benvirá 2011
Livros que associem agudeza e simplicidade são, como sabemos, raros. Quando o assunto abordado é, frequentemente, vítima da hermenêutica do bandido e do mocinho, como costuma ser o caso da religião, um volume com estas características deve ser celebrado. É o caso do presente livro.
Depois de passar com rapidez, mas não sem acuidade, pela história da Igreja Católica, Pondé enumera os medos católicos ( é dele a expressão), quase sempre decorrentes da progressiva secularização de nossa sociedade. À exposição desse elenco de medos, segue-se a proposta romana do seu enfrentamento. Sem qualquer cerimônia, as origens das feridas são expostas: os avanços da ciência, o movimento gay, a emancipação feminina e, mesmo, as dificuldade criadas por movimentos internos à Igreja como a teologia da libertação ou a crítica associada à teologia liberal. E a mesma atenção é dedicada aos esforços de Roma para a cura da dose de sofrimento trazida por esta mesma modernidade. Dois méritos saltam à vista. Primeiro: modernidade e tradição católica são examinadas à luz de sua sensibilidade para com os dramas permanentemente associados à condição humana. Segundo: é ressaltado, ao longo do livro, o pertencimento do catolicismo a uma tradição intelectual construída à medida que a civilização ocidental se consolidava.
Ao ver o catolicismo também como um campo de idéias, Pondé indica uma direção mais conseqüente e rigorosa para o debate sobre a religião, distanciada, em igual medida, da ansiedade dos crentes ou das bravatas dos ateus.
Ricardo Fenati
15.04.2012
Autor: Leonardo Boff
Editora Vozes, 2011
Neste livro o autor tenta responder o que é o Cristianismo e lembra a resposta de um mártir diante da mesma pergunta feita por seu torturador:
“Um mistério de simplicidade. Deus nos amou tanto que se fez também um de nós. E nos amou até o fim, mesmo quando nos fizemos seus inimigos. Pois, o pregamos na cruz. Mas, por surpresa de todos, ressuscitou ao terceiro dia. E agora está aqui em nosso meio. De sua boca ouvimos e de sua vida aprendemos: quem tem o amor tem tudo, pois, o amor é o nome próprio de Deus. Por isso, devemos amar a todos, incondicionalmente, como te amo a ti que me torturas e me condenas à morte”.
Na primeira parte do livro o autor faz uma belíssima síntese da mensagem que o cristianismo anuncia a partir das novas descobertas das ciências em relação à origem do universo. É uma bela releitura das origens segundo a ciência e a fé.
Na outra parte do livro o autor narra a vida de Jesus Cristo, também a partir da exegese bíblica atual. Ressalta a centralidade da fé em Jesus Cristo.
O livro é um convite a contemplar a simplicidade da mensagem cristã.
Karla Bianca F. Ribeiro
30.03.2012
De Botton, Alain. Religião para Ateus.
Rio de Janeiro: Intrínseca, 2011.
Numa época onde a controvérsia que opõe ateus (ou ateístas?) a crentes parece crescer, é mais do que oportuna a leitura de “Religião para ateus”. O paradoxo exemplificado pelo título prossegue ao longo da obra: o autor, um ateu confesso, lamenta que os opositores da religião, com sua aflição doutrinária, ignorem a sabedoria humana - demasiado humana – depositada na experiência religiosa. Mas que os crentes, por sua vez, não se afobem: os argumentos com os quais o valor humano da religião é defendido são inesperados e nada ortodoxos. É esse o mérito maior do livro: indicar a complexidade de um debate que excede, de muito, a forma que ele frequentemente assume entre nós.
Ricardo Fenati
15.03.2012
Walter Andrade Parreira
Mandamentos Editora, Belo Horizonte, 2011
O Livro é uma saborosa meditação sobre cada parte do Pai Nosso. É um convite a meditar cada palavra, a mergulhar no significado profundo de cada súplica do Pai Nosso.
“Que eu entenda sempre, também, Senhor, que tudo o que acontece tem um sentido e que eu seja capaz de aceitar o que preciso aceitar e de recusar o que devo recusar.... Que nosso coração não se deixe conduzir, meu Pai, pelas coisas da ira e, ao contrário, que ele seja sempre guiado pela docilidade, pela meiguice, pela brandura, pela ternura, pela candura, pela doçura. Que Vós planteis nele a simplicidade e a humildade, a mansidão, a serenidade e a paz...”
O livro traz uma surpresa que é um CD com a meditação do livro na voz de Dom Aloísio Vitral. Um convite a contemplar o Pai Nosso na vida.
Lucimara Trevizan
01.03.2012
Frei Betto, Marcelo Gleiser e Waldemar Falcão
Rio de Janeiro, 2011, Editora Agir
Neste Livro o teólogo Frei Betto e o astrofísico Marcelo Gleiser conversam sobre a Fé e a Ciência, num diálogo mediado por Waldemar Falcão.
O livro escrito em forma de diálogos mantém uma linguagem leve e coloquial e nos aproxima dos interlocutores. Ao contrário do que se espera é difícil encontrar discordância ao longo do diálogo. Os argumentos são em geral complementares.
Marcelo Gleiser nos aproxima da ciência e de maneira simples nos faz ficar fascinados pelas descobertas atuais. Frei Betto mostra que fé e ciência não se opõe e que a fé precisa de conhecimento para se sustentar e destaca a importância da teologia. Ambos dizem que o fundamentalismo é a postura responsável por fazer o embate entre ciência e fé terminar em briga. “Nos precisamos baixar a bola, ter humildade; a falta de humildade leva ao fundamentalismo”, analisa Frei Betto.
Independente das convicções de cada um, em Conversa sobre a fé e a ciência, Frei Betto e Marcelo Gleiser, mostram que esses dois mundos podem, sim, dialogar. “Temos que desenvolver, por meio da ciência, a busca da verdade pelos caminhos da dúvida e a busca de Deus pelo caminho da tolerância”, pondera Frei Betto.
Marcelo Gleiser assim fala no último capítulo: “Aprendemos que somos feitos de poeira de estrelas, que estamos no cosmo e o universo está em nós. Para mim, essa união é profundamente espiritual e nos foi revelada pela ciência”.
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