“A qualquer fagulha” é o nome da exposição de José Bento, nascido na Bahia radicado em Belo Horizonte desde os anos 1960, que estará na Galeria de Arte do Centro Cultural Unimed-BH Minas. Sob curadoria de Rafael Perpétuo e co-curadoria Clarice Steinmüller, são exibidas instalações e obras de José Bento que levarão o público a refletir sobre questões ambientais e sociais. “Resumidamente, pensamos em ler a obra do José Bento a partir de outras perspectivas que não foram tão exploradas”, explica Rafael. A mostra tem patrocínio máster do Instituto Unimed-BH. A exposição pode ser visitada entre os dias 1º/11 a 14/1/2024. A Galeria de Arte é aberta ao público de terça a sábado, das 10h às 20h. Domingos e feriados, das 11h às 19h. A classificação é livre.
Pode-se dizer que José Bento é um dos grandes e últimos escultores do país. “Digo isso porque o artista trabalha da mesma forma que Donatello (escultor renascentista italiano) trabalhava, como Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho) fazia: desbastando a madeira, lixando, polindo – claro que hoje há equipamentos que ajudam nisso, mas o formão é ainda a principal ferramenta.”, observa o curador Rafael Perpétuo.
Na Galeria, estão instalações que dialogam com a ideia iminente da combustão, da transformação em cinza, da efemeridade. “Na exposição, selecionamos obras que lidam com isso, seja a instalação “Ar” com seus cilindros de oxigênio (combustível), seja “Do pó ao pó” que contém fósforos que não devem, mas podem pegar fogo. Além dessas, acrescentamos “Mona”, que figura como um vigilante”, conta Rafael. O curador explica que não se trata de uma exaltação ao fogo, mas ao que sua simbologia revela. “Nos importa nessa exposição o fogo como elemento que move as coisas de seus lugares. Estar com o fogo na mão é estar atento”, afirma Rafael.
Sobre as leituras da exposição
José Bento leva para o público reflexões diversas, uma delas é a leitura decolonial da história e da arte. “O legal é a multiplicidade de leituras possíveis. Creio que essa obra [Iracema] tem três discursos intrínsecos importantes: a extinção da natureza (escutamos muito sobre o desmatamento da Amazônia nos últimos anos), extinguir uma das obras mais icônicas de José Bento (as árvores) e, o mito de Iracema enquanto a boa indígena. Nesse sentido é interessante refletir sobre essa mulher que é usurpada e apagada pelo colonizador português na obra de José de Alencar e como isso se relaciona com toda retomada indígena, principalmente da narrativa sobre seus próprios corpos e territórios”, observa o curador Rafael Perpétuo.
Para o presidente do Minas Tênis Clube, Carlos Henrique Martins Teixeira, é uma alegria poder oferecer para a população a chance de vislumbrar obras de José Bento. “É raro poder observar a arte de José nessa escala na capital e nos honramos por isso. O artista traz para o nosso espaço de arte observações que farão o público refletir sobre a preservação da natureza, por meio dos simbolismos do fogo e do ar e também por conta de sua principal matéria-prima, a madeira”, diz o presidente.
“O Instituto Unimed-BH se orgulha de patrocinar mais uma exposição na Galeria de Arte do Centro Cultural Unimed-BH Minas e também de ajudar a manter espaços tão importantes para a difusão da cultura mineira e nacional. Por meio das exposições, democratizamos o acesso à cultura, dando visibilidade ao trabalho de grandes artistas, como José Bento, permitindo que uma maior parcela da população conheça suas obras. Dessa forma, acredito que cumprimos nosso papel de cooperativa de saúde, comprometida com a coletividade e com o bem-estar da sociedade”, declarou a diretora-presidente do Instituto Unimed-BH, Mercês Fróes.
Rafael Perpétuo deseja que o visitante, além do deleite estético, entre em estado de fruição com as obras. “É muito legal ver quando uma exposição é capaz de fazer o espectador sair dela transformado ou, pelo menos, com uma pulga atrás da orelha. Gostaria que as pessoas saíssem pensando na importância da arte como meio de reflexão sobre a realidade que vivemos”, conclui.
Serviço:
A qualquer fagulha, de José Bento
Data: de 1º de novembro a 14 de janeiro de 2024
Horário: de terça a sábado, das 10h às 20h. Domingos e feriados, das 11h às 19h.
Entrada franca | Classificação: livre
A imensidão, os mistérios e fluidez de um oceano profundo convidam para um mergulho na arte digital. Fruto da criatividade de artistas brasileiros, a exposição OCEANVS – Imersão em Azul, apresenta projeções artísticas 3D, capazes de provocar os sentidos em uma experiência sensorial que simula o fundo do mar.
Inspiradas pela água, elemento essencial para a vida, as imagens e a trilha sonora estimulam a reflexão sobre a relação individual de cada um com este bem precioso e essencial. Com curadoria de Antonio Curti e direção criativa de Felipe Sztutman, a obra é um chamado para imergirmos no elemento mais abundante em nosso planeta: a água.
Com a exposição, a Casa Fiat de Cultura, uma vez mais aponta para o futuro ao colocar luz sobre o cenário artístico contemporâneo, suas transformações e seus novos formatos. Para o presidente da instituição, Massimo Cavallo, esta é uma forma de proporcionar ao público a oportunidade de vivenciar uma linguagem ainda jovem e plena de possibilidades. “Neste território, a Casa Fiat de Cultura se torna um espaço único e inédito para receber uma obra autoral, contemporânea e brasileira. Encontramos e oferecemos alicerce conceitual e criativo para emergir a tecnologia em toda sua potência dentro deste novo campo de saber. Movimentos, imaginação e estímulos sensoriais, que cada corpo irá sentir à sua própria maneira, irão acontecer de forma subjetiva, única e particular. Para além dessa experiência, evocamos o tema da sustentabilidade, tão essencial ao nosso tempo, e que aqui se apresenta por meio da inovação artística”, salienta.
Ao invés de ocupar o lugar de apenas contemplador, em “OCEANVS – Imersão em Azul” o público fica imerso na obra e se coloca dentro dela. Antonio Curti, curador da exposição, explica que a arte digital dialoga com o que, atualmente, mais prende a atenção das pessoas: a tecnologia. “Usamos a tecnologia para acessar pessoas de todas as idades, de crianças aos idosos. Ao invés de ver o mundo em 2D, pesquisamos formas de expandir essa experiência e transformá-la de virtual a espacial. Além disso, trabalhamos com o conceito de site specific, por isso apresentamos uma proposta inédita na Casa Fiat de Cultura. Assim, apresentamos uma jornada imersiva etérea dentro do elemento água e a sua representação na utopia quimérica do ser humano”, explica.
“OCEANVS – Imersão em Azul na Casa Fiat de Cultura” é uma realização da Casa Fiat de Cultura e do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Conta com o patrocínio da Fiat e do Santander, apoio institucional do Circuito Liberdade e apoio do Governo de Minas e do Programa Amigos da Casa.
A visitação é gratuita.
Casa Fiat de Cultura
Praça da Liberdade, nº10, Funcionários | CEP: 30140-010 | Belo Horizonte/MG - Brasil
Tel: +55 (31) 3289-8900
Horário de funcionamento: terça a sexta-feira, das 10h às 21h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h
“Jequitinhonha: Origem E Gesto” Reúne, Pela Primeira Vez, Dança E Artes Visuais, Na Grande Galeria Do Palácio Das Artes
Artes Visuais e Dança são a inspiração para o novo projeto artístico da Fundação Clóvis Salgado, “Jequitinhonha: Origem e Gesto”. Nessa iniciativa inédita de junção de várias expressões artísticas ocupando a Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard, a Cia. de Dança (CDPA) e as Artes Visuais se unem para apresentar ao público uma criação híbrida, em que duas linguagens se tornam uma. O projeto é uma realização do Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, por meio da Fundação Clóvis Salgado, com a correalização do Sebrae. Palácio das Artes
Com coordenação geral do artista Marco Paulo Rolla, “Jequitinhonha: Origem e Gesto” chega para celebrar, na capital mineira, dentro do , em dois momentos, a riqueza criativa do povo do Vale do Jequitinhonha. Primeiro será a inauguração, na quinta-feira (3/8), às 19h, de uma exposição panorâmica com obras dos principais artistas e artesãos da região, composta por 100 peças históricas, vindas de acervos particulares, do Centro de Arte Popular (CAP), com obras da colecionadora Priscila Freire, e do Sebrae/MG e ainda criações atuais feitas especialmente para a ocasião. Palácio das Artes
Uma ambientação inspirada no Vale foi criada no espaço da Grande Galeria para receber a exposição panorâmica, a partir dos tons terrosos, dos barrancos, das casas de pau a pique e das texturas da paisagem daquela região. Neste mesmo cenário também ocorrerá, na sexta-feira (4/8), às 20h, a estreia da coreografia da Cia. de Dança , também batizada de “Jequitinhonha: Origem e Gesto”. A partir daí, nos finais de semana, ao longo de agosto e outubro, a coreografia será encenada em sessões gratuitas. Palácio das Artes
Exposição: 4/8 a 8/10
Hora: terça a sábado, das 9h30 às 21h; domingo, das 17h às 20h
Imagem: Paulo Lacerda
in: culturalizabh.com.br
Algumas obras de Candido Portinari (1903-1962) são facilmente reconhecíveis para quem já teve contato com um dos mais célebres artistas plásticos brasileiros. Telas como 'Os Retirantes' (1944) e 'O Mestiço' (1934) estão nos livros escolares e são referência global sobre o legado do pintor paulista – mas sua produção incansável desde a infância deixou muitos registros, menos conhecidos, de outros caminhos que ele escolheu percorrer.
Portinari Raros: Traz à tona o Portinari invisível, ousado, que se aventurou em diversas manifestações artísticas, até então desconhecidas pelo público. Nela serão exibidos trabalhos originais, um verdadeiro mergulho no universo de obras icônicas do artista, além de projeções em grande escala e atrações que nos levam a entender obras urbanas e vida.
"Poucos tiveram a oportunidade de se impressionar com o conjunto de técnicas e linguagens que atravessam a diversidade de sua obra, revelado em imagens tridimensionais, abstratas e realistas", observa Marcello Dantas, criador e curador da mostra 'Portinari Raros', que reúne cerca de 200 obras menos conhecidas do artista em exposição no CCBB, de hoje até 7/8/23.
As entradas gratuitas estão disponíveis on-line e na bilheteria do Centro Cultural Banco do Brasil (Pça da Liberdade, 450).
Imagem: 'Baile na Roça', pintada por Portinari aos 20 anos, ficou muito tempo perdida e marca início das temáticas brasileiras em sua obra
Equipe do site
14.06.23
O mestre impressionista Claude Monet (1840-1926) é tema de exposição que ocupa o BH Shopping até 18/06. Batizada de 'Monet Le Rêve - Um Sonho Imersivo', a mostra usa recursos tecnológicos para apresentar obras do pintor, apesar de nenhum original do francês constar no acervo: são reproduções digitalizadas, expostas em diferentes plataformas também digitais. Em alguns espaços, telas gigantescas criam no visitante a sensação de adentrar a obra. Outras áreas foram pensadas como cenários ideais para retratos e selfies, os conhecidos 'espaços instagramáveis'.
Ao todo, 290 obras foram licenciadas pela exposição, que ocupa 900 metros quadrados. Algumas das tecnologias aplicadas às telas de Monet permitem que o público interaja diretamente com as réplicas de suas criações. Para a crítica de arte Paula Borghi, que assina curadoria do projeto, a inovação da interatividade é um dos pontos que aproximam 'Monet Le Rêve' da essência de seu homenageado. "Monet é, sem dúvida, uma quebra de paradigmas. Arrojado, atrevido, revolucionário, aglutinador de talentos, apaixonado, pintor incansável, amante da boa vida. Ele merece uma exposição à sua altura, onde as mais modernas tecnologias ressignificam a sua obra para um novo público", destaca a curadora, que também atuou nas bienais de arte do Mercosul e de Havana.
Monet Le Rêve - Um Sonho Imersivo
De 24/03 a 18/06 no BH Shopping (BR-356, 3049 - Belvedere)
De segunda a quinta-feira, das 12h às 22h; sexta e sábado, das 10h às 22h; domingo e feriado, das 12h às 20h
Ingressos: segunda a quinta, R$ 35 (PCD e meia-entrada) a R$ 70 (inteira); demais dias, R$ 55 (PCD e meia-entrada) e R$ 110 (inteira)
Vendas neste link ou na bilheteria do piso NL a partir de 15/3
Mais informações pelo Instagram da exposição
EXPOSIÇÃO “O INFERNO DE DANTE – VALENTINA VANNICOLA NA CASA FIAT DE CULTURA”
Por meio de uma narrativa visual contemporânea e do diálogo entre literatura, cinema, teatro e fotografia, a artista italiana traspõe cenas clássicas do primeiro reino de A Divina Comédia em sua produção fotográfica
A Casa Fiat de Cultura convida o público a desvendar as alegorias e os simbolismos do poema épico A Divina Comédia, de Dante Alighieri. A influência desta obra-prima está impregnada no imaginário ocidental e, mesmo depois de séculos, continua a inspirar escritores e toda a literatura mundial, além de outras áreas da cultura. Na exposição “O Inferno de Dante – Valentina Vannicola na Casa Fiat de Cultura”, a artista italiana transpõe cenas clássicas do Inferno, o primeiro reino de A Divina Comédia, em uma produção de 15 obras fotográficas baseadas no gênero tableau vivant – tendência da fotografia contemporânea de apresentar como cenas reais as imagens construídas de acordo com a dinâmica da cinematografia. Um ambiente imersivo foi criado na Casa Fiat de Cultura para despertar o imaginário dos visitantes e proporcionar uma reflexão sobre a existência humana. A mostra fica em cartaz de 28 de março a 28 de maio de 2023 e é uma parceria da Casa Fiat de Cultura com o Consulado da Itália em Belo Horizonte e o Istituto Italiano di Cultura do Rio de Janeiro. Toda programação da Casa Fiat de Cultura é gratuita.
O trabalho de Valentina Vannicola conecta as novas gerações à obra daquele que é chamado de sumo poeta. Para ela, Dante ensina que é possível falar com clareza e profundidade de todas as coisas, das mais importantes às mais supérfluas. “A Divina Comédia é uma obra imaginativa e com uma linguagem envolvente, na qual Dante orienta o leitor de modo a facilitar a visualização e materialização dos personagens e das situações descritas. Dante insere a alegoria, a grande advertência ou ensinamento político e ético e se abre para um segundo imaginário: o da interpretação. Para esta exposição, cada imagem que produzi está empenhada em traduzir o rico simbolismo do poema” , revela.
Para o presidente da Casa Fiat de Cultura, Massimo Cavallo, A Divina Comédia nasceu revolucionária e segue inspirando até os dias de hoje, mais de 700 anos após a morte de Alighieri. “Ao escrever uma jornada que navegou pelas instâncias do inferno, do purgatório e do paraíso, Dante Alighieri ultrapassou as barreiras poéticas, criou a base de uma língua e se tornou símbolo de um país. As cenas italianas, exibidas em terras mineiras, celebram esse forte diálogo entre as culturas e entre as artes, em suas mais diversas formas de expressão. Assim, reforçamos o nosso compromisso de promover diferentes reflexões e de discutir o clássico com um olhar contemporâneo”, reforça.
A mostra “O Inferno de Dante – Valentina Vannicola na Casa Fiat de Cultura” é uma realização da Casa Fiat de Cultura, do Consulado da Itália em Belo Horizonte, do Istituto Italiano di Cultura do Rio de Janeiro e do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Conta com o patrocínio da Fiat e do Banco Safra, e co-patrocínio do Banco Fidis e da Brose do Brasil. O evento tem apoio institucional do Circuito Liberdade, além do apoio do Governo de Minas e do Programa Amigos da Casa.
Praça da Liberdade, nº10, Funcionários | CEP: 30140-010 | Belo Horizonte/MG - Brasil
Tel: +55 (31) 3289-8900
Horário de funcionamento: terça a sexta-feira, das 10h às 21h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h
Visitas agendadas sob consulta
TODA PROGRAMAÇÃO DA CASA FIAT DE CULTURA É GRATUITA
Fotografias do fotógrafo Jomar Bragança que retratam prédios icônicos desenhados pelo maior arquiteto do país em Belo Horizonte estão reunidas na exposição “Niemeyer”, que ocupa o segundo andar do Palácio das Mangabeiras, no Parque do Palácio.
“Esta exposição é um pequeno recorte de um trabalho mais extenso: o exercício do olhar sobre a obra de Niemeyer.
Exercício que busca o diálogo entre a visão do fotografo sobre a arquitetura e a visão do arquiteto sobre a fotografia, investigando e identificando a natureza dessas relações e a trama de seus diálogos” explica Jomar.
Entrada franca às quartas-feiras mediante retirada de ingresso sympla.
A exposição irá até dia 10/04/2023
Palácio das Mangabeiras - Rua Djalma Guimarães, 161 (Portaria 2) - Bairro Mangabeiras (10h às 18h)
A exposição “A Forma não Cumpre a Função”, em cartaz no CCBB BH até 13 de fevereiro de 2023, apresenta as esculturas em madeira do artista belo-horizontino Francisco Nuk, que desafiam as formas convencionais com curvas inusitadas. Na mostra, móveis supostamente comuns ganham ares de surrealismo e surpreendem o público, instigando-o a pensar sobre utilidade junto ao escultor.
No trabalho de Nuk, a serventia dos mobiliários é desmanchada no momento em que o artista quebra sua rigidez, fazendo do absurdo um conceito perseguido. As cristaleiras distorcidas não mais equilibram os cristais, as gavetas flutuam leves sem o peso dos segredos arquivados, a cômoda circular, cautelosamente esculpida, confunde os guardados.
Na repetição, no jogo da imaginação e na constância do ofício, Francisco elabora suas esculturas com a intimidade de um poeta. As madeiras enamoradas se rendem, dançam e se livram do fardo de servir. Agora são arte. Nada mais.
A exposição ocorre nas galerias do térreo e a entrada é gratuita, com retirada de ingresso na bilheteria do CCBB.
CCBB - Pça da Liberdade, 450
Fone: (31) 3431-9400 e
Todos os dias, das 10h às 22h, exceto às terças
“Só o amor me interessa, e eu estou apenas em contato com coisas que giram em torno do amor” – Marc Chagall
A famosa frase do artista, que revolucionou as artes plásticas no século XX e, por que não, em todos os tempos, dá o tom da exposição que fica em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte (CCBB BH) até o dia 16 de janeiro de 2023.
A entrada é gratuita. O espaço fica na Praça da Liberdade, no bairro Funcionários, Região Centro-Sul.
Um universo único de cores e formas que transformou o mundo das artes. É o que se revela na exposição “Marc Chagall: sonho de amor”, que reúne mais de 180 obras do pintor russo, após passagens exitosas pelo Rio de Janeiro e por Brasília.
Segundo a organização da exposição, foram mais de 290 mil visitantes nas duas cidades juntas.
Seja pelo uso inovador de formas e de cores ou pela criação de um universo lírico, poético e fantástico em suas pinturas e escritos – ou ainda por sua trajetória única, marcada pela sobrevivência a guerras e pela devoção à vida e às artes – Chagall imprimiu seu nome no hall dos mais reconhecidos pintores da história.
Nascido em 7 de julho de 1887, no bairro judaico da cidade de Vitebsk, na antiga Rússia, Marc Chagall viveu até quase completar 98 anos de idade. Morreu na França, em 1985. Mas, no meio do caminho, sobreviveu à Revolução Russa, a duas Guerras Mundiais e assistiu à criação e consolidação do Estado de Israel.
Em sua trajetória única, o artista fundiu diferentes culturas, com reflexo direto em sua arte. A judaica, aprendida com a família. A russa, na qual nasceu. E a ocidental, que escolheu para si.
Em uma combinação especial de domínio técnico, respeito pelas tradições ancestrais e grande sensibilidade na orquestração de formas e cores, abriu caminhos para o Surrealismo, estabeleceu diálogo com o Cubismo e com o Fauvismo, e criou um universo próprio, vibrante e imaginativo.
Hoje, Chagall é reconhecido como um dos nomes mais importantes da arte moderna, sobretudo pela criação de uma linguagem artística única.
O sonho de Chagall
A instalação contemporânea Air Fountain anuncia, já no pátio do CCBB, um convite ao “Sonho de amor” de Chagall. A obra foi cedida pelo artista norte-americano Daniel Wurtzel.
Nas salas expositivas, o sonho continua com obras do artista que perpassam por origens e tradições russas, pelo amor e o exílio na representação do mundo sagrado, pelo lirismo e a poesia do seu retorno à França e, por fim, pelo amor transcendente, encarnado na figura de enamorados que flutuam nas telas ou estão imersos entre ramos de flores.
Imagem: Marc Chagall - O galo violeta - O Galo Violeta, produzido entre 1966 e 1972, pode ser conferido no CCBB Belo Horizonte. — Foto: Coleção particular / Divulgação CCBB
In: site do G1
No último dia 21 de setembro, quarta-feira, estreou no CCBB BH “Cor e forma: a poesia do equilíbrio”. Com mais de 100 obras inéditas na capital mineira, a exposição reúne uma antologia do italiano Umberto Nigi, com esculturas sobre madeira, quadros de sua fase figurativa, nos anos 80, até passagens pelas décadas de 1990, 2000 e 2020, em que o artista plástico transita para a pintura abstrata e passa a mesclar, nas telas, materiais reciclados como areia, juta, papel, rede metálica, gesso e outros.
A exposição fica em cartaz até o dia 14 de novembro, de quarta a segunda, das 10h às 22h, e a entrada é gratuita. Os ingressos podem ser retirados pelo site bb.com.br/cultura ou na bilheteria do CCBB BH (Praça da Liberdade, 450 – Funcionários).
“Para mim é importante equilibrar o quadro. O jornalista e escritor americano Robert Bridge dizia que: ‘a nossa estabilidade é somente equilíbrio e a nossa sabedoria está no controle do imprevisto’. É o que tento praticar em minha obra”, explica o artista italiano Umberto Nigi que define o próprio trabalho como uma arte feita de materiais simples, mas rica em cores. “Quando se fala no inesperado, isso parte da matéria que se usa. No meu caso, as tintas, a juta, o gesso, cola, papel, a areia etc. A matéria é o artista que comanda, mas é preciso saber comandá-la, pois pode nascer algo diferente daquilo que você deseja colocar na tela”, conclui.
São ao todo 17 quadros figurativos históricos, 20 esculturas sobre madeira, e ainda, 29 telas sobre papel fabriano. “Obras únicas, feitas neste papel especial encontrado somente na Itália, que mesclam pintura e reciclados diversos. Já as esculturas sobre madeira têm uma particularidade. Algumas delas não são pintadas totalmente. Deixo a madeira em sua origem: parte que gosto muito, prefiro não cobrir com as minhas cores”, contextualiza Umberto Nigi.
Os visitantes contemplam também 36 obras do artista dedicadas à pintura abstrata em diálogo com a juta. “O abstrato é a não representação da realidade. Cada um que olha o meu quadro, vê alguma coisa diferente, porque eu não tenho um tema. Não existe uma hierarquia entre várias partes da tela. As formas e cores não procuram existir no espaço, mas serem elas mesmas o espaço, até por isso não dou nome aos quadros”, explica.
Mais informações:
Umberto Nigi estreia exposição “Cor e forma: a poesia do equilíbrio” no CCBB BH
21 de setembro a 14 de novembro – quarta a segunda, das 10h às 22h
CCBB BH (Praça da Liberdade, 450 – Funcionários)
Classificação indicativa: livre | entrada gratuita
Retirada de ingresso pelo site www.bb.com.br/cultura ou na bilheteria do espaço
Brasilidade Pós-Modernismo apresenta a transformação inovadora, libertária e criativa da arte brasileira contemporânea, fruto, em parte, da ousadia artística e cultural do Modernismo de 1922.
Organizada em seis núcleos temáticos, intitulados, Liberdade, Futuro, Identidade, Natureza, Estética e Poesia, abriga instalações e novas mídias ao lado de pinturas, fotografias, desenhos e esculturas.
Focada na atualidade, apresenta obras de 51 artistas de diversas gerações, etnias e procedências geográficas, produzidas a partir da década de 1960 até a atualidade, sendo algumas delas inéditas.
Para aproximar ainda mais o público dessa mostra que celebra a diversidade artística nacional, são desenvolvidas diversas atividades gratuitas no Espaço de Convivência do Programa CCBB Educativo.
A entrada é gratuita, mas precisa retirar ingresso que está disponível na bilheteria.
Lista completa de artistas
Adriana Varejão, Alex Flemming, André Azevedo, Anna Bella Geiger, Armarinhos Teixeira, Arnaldo Antunes, Augusto de Campos/Júlio Plaza, Barrão, Berna Reale, Beatriz Milhazes, Camila Soato, Caetano Dias, Cildo Meireles, Daiara Tukano, Daniel Lie, Delson Uchôa, Ernesto Neto, Emmanuel Nassar, Fábio Baroli, Farnese de Andrade, Flávio Cerqueira, Floriano Romano, Francisco de Almeida, Ge Viana, Glauco Rodrigues, Gisele Camargo, Jaider Esbell, Joaquim Paiva, Jorge Bodanzky, José De Quadros, José Rufino, Judith Lauand, Júlio Plaza, Lenora de Barros, Lina Bo Bardi, Lúcio Costa, Luiz Hermano, Luzia Simons, Márcia Xavier, Marlene Almeida, Maxwell Alexandre, Mira Schendel, Nelson Leirner, Oscar Niemeyer, Paulo Nazareth, Rejane Cantoni, Rodrigo Braga, Rosana Paulino, Rosilene Luduvico, Shirley Paes Leme e Tunga.
Local: Centro Cultural Banco do Brasil - Praça da Liberdade, 450 - Belo Horizonte-MG
O Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte (CCBB-BH) recebe a exposição “COLEÇÃO BRASILEIRA de Alberto e Priscila Freire”, com 108 peças do acervo pessoal da colecionadora e entusiasta da arte mineira Priscila Freire e de seu marido. A coleção foi construída ao longo de muitos anos e, além do valor artístico, as obras também trazem histórias particulares. “Fizemos um recorte especial no acervo que permite uma verdadeira viagem pela cultura e pela arte de Minas Gerais e do Brasil, com obras cheias de memórias afetivas, muitas delas de artistas com quem tive o privilégio de conviver”, conta Priscila, que também assina a curadoria da mostra.
A exposição é composta por três núcleos: Arte Brasileira, Arte Mineira e Arte Popular, divididos em três salas no Andar Térreo do CCBB BH. Na ala da arte brasileira, estão grandes nomes da pintura nacional, como Guignard, de quem Priscila foi aluna e amiga, Tarsila do Amaral, Cândido Portinari, Genesco Murta e José Pancetti, entre outros. No ambiente da arte mineira, Yara Tupinambá, Mario Zavagli, Lorenzato e Irma Renault, esculturas de Farnese de Andrade, Solange Pessoa e composições da própria Priscila Freire. Na sala de arte popular, peças de Maurino de Araújo, G.T.O., Nino e Maria Lira, além de obras do Vale do Jequitinhonha, assinadas por figuras de destaque daquela região, como Ulisses Pereira Chaves, Noemisa Batista Santos e Isabel Mendes. A mostra conta ainda com outros artistas, filtrados num círculo de probabilidades e de diferentes épocas ao longo da vida da colecionadora. “Essa exposição é uma síntese do que sou, de como penso e por onde andei na escolha do que me emocionou. Ícones de que me cerco para lembrar minha história e o que ela me conta exposta aos olhos dos outros”, resume Priscila, do alto de seus 88 anos de idade.
A mostra “COLEÇÃO BRASILEIRA de Alberto e Priscila Freire” ficará em exposição no CCBB BH até 29 de agosto, data em que ela comemora 89 anos.
Mais informações:
COLEÇÃO BRASILEIRA de Alberto e Priscila Freire
Quando: 25 de maio a 29 de agosto de 2022
Quanto: Entrada gratuita – não é necessário retirar ingresso para visitação
Onde: Praça da Liberdade, 450 – Funcionários, Belo Horizonte – MG
Funcionamento – aberto todos os dias, das 10h às 22h, exceto às terças-feiras
Exposição virtual “Serrapilheira”– Raul Leal na Piccola Galleria da Casa Fiat de Cultura
A imagética de um Brasil eternamente verde, tradicionalmente representada por artistas viajantes ao longo dos séculos, é totalmente invertida em “Serrapilheira”, exposição do artista Raul Real, em cartaz na Casa Fiat de Cultura de 3 de maio a 19 de junho. A mostra foi escolhida no 5º Programa de Seleção da Piccola Galleria e apresenta um conjunto de 27 fotografias em papel e em madeira. As obras registram imagens sobrepostas de árvores secas e solitárias, que se mantêm resilientes na natureza sofrida dos arredores de Miracema, no Rio de Janeiro, e a catalogação de mudas de espécimes sobreviventes, que ainda podem reflorestar o deserto naquela região fluminense. A exposição poderá ser visitada presencialmente, na Casa Fiat de Cultura, e online, por meio de tour virtual e uma visita com mediação online e Libras.
Em “Serrapilheira”, nome que faz referência à camada de material orgânico ou de decomposição, que se deposita no solo das florestas, Raul Leal explora diferentes experiências no registro da paisagem. A série de fotos “Ventania” apresenta uma região afetada pela cultura do café e extração da madeira. Algumas dessas áreas já foram locais de preservação, mas, hoje, passam por um processo de desertificação, onde é possível ver pura terra vermelha – um retrato da vulnerabilidade e das agressões sofridas ao longo dos anos. “As imagens são resquícios, desaparecimentos e registros melancólicos da devastação”, analisa Raul. Já na série “Rebento”, ele documenta o que seria a possibilidade de reconstrução dessa paisagem. Cada obra faz parte de uma catalogação de mudas de árvores, plantadas pelo próprio artista nessas regiões de degradação. “A série acaba se tornando um registro afetivo de uma atitude de resistência que gera um pequeno movimento, contrário ao ciclo da destruição”, destaca.
Para a crítica e curadora de arte Daniela Name, que assina um dos textos da exposição, há uma dicotomia entre as duas séries de fotografias apresentadas. Enquanto “Ventania” tem um olhar sobre as árvores resilientes que sobrevivem na região de Miracema, no estado do Rio de Janeiro, “Rebento” mostra o caráter de artista viajante de Raul Leal. “Quando levamos em conta que a fotografia é um vestígio de ausências, de seres fantasmáticos, o que o artista parece propor, com a reunião desses inventários, é fazer uma serrapilheira a partir da latência das imagens e do recalque dos corpos vegetais”, comenta.
Mais informações:
Exposição virtual “Serrapilheira”– Raul Leal na Piccola Galleria da Casa Fiat de Cultura
3 de maio a 19 de junho
Visitação presencial
Terça a sexta-feira, das 10h às 19h
Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h
Tour virtual no site: www.casafiatdecultura.com.br
in: site culturaliza BH 05.05.22
Exposição De Artes Visuais, Órbita, Dos Irmãos Drummond!
As muitas constelações formadas pelo trabalho gráfico-visual dos irmãos Marconi Drummond, artista visual e curador independente, e Marcelo Drummond, artista gráfico e professor da Escola de Belas Artes/UFMG, se entrelaçam na mostra inédita Órbita. A exposição ocupará a Galeria Genesco Murta de 09 de abril até 5 de junho de 2022, propondo uma imersão na produção artística da dupla, edificada ao longo de trinta anos de atividade e carreira. O projeto expográfico, concebido pela arquiteta Ivie C. Zappelline, propõe diálogos, confluências e intercessões entre as obras autorais dos dois criadores em diálogo com os outros vinte e cinco artistas convidados.
No centro do projeto de pesquisa dos dois criadores posiciona-se a arte e a cultura, onde gravitam, em trajetórias e movimentos circulares, o design gráfico, a curadoria, a pesquisa, as artes visuais e os projetos autorais. É essa constelação de atividades, programas, projetos e percursos que será apresentada na Galeria Genesco Murta.
A exposição panorâmica “Órbita” estrutura-se por meio de núcleos, organizados como “satélites”. Cada núcleo apresenta um variado acervo visual, subsidiado pela coleção particular da dupla de criadores e também por obras de artistas que possuem lastros de criação e processos integrados à trajetória profissional de Marcelo e Marconi Drummond. Assim, para cada matriz gráfica exposta sempre orbitará um acervo correlato, composto de diversas linguagens artísticas.
Mais informações:
Quando: 9 de abril até 5 de junho de 2022
Hora: 9h30 às 21h, de terça-feira a sábado, e de 17h às 21h aos domingos
“À superfície, em silêncio”, nova mostra da Casa Fiat de Cultura, foi selecionada por uma banca de especialistas no 5º Programa de Seleção da Piccola Galleria. De autoria da artista belo-horizontina Olívia Viana, que pela primeira vez faz a exibição individual de suas obras, a exposição será realizada de 8 de março a 24 de abril de 2022, e abre a programação da Piccola Galleria em 2022. O conjunto de 12 pinturas em acrílico sobre tela representa o encontro de baleias encalhadas com seres humanos, propondo reflexões sobre a existência e a animalidade. A abertura será realizada no dia 8 de março, às 19h, em um bate-papo virtual ao vivo com a artista. O ingresso deve ser retirado gratuitamente pela Sympla.
As pinturas foram executadas nos primeiros meses do isolamento social, em 2020. Nas telas, corpos enormes de baleias, em contato com seres humanos, representam situações de estranhamento, surpresa e inutilidade. Afinal, como as pessoas reagem diante de uma situação inesperada? Outros encontros também são explorados nas obras, como a paleta de cores – com muitos azuis, pretos e cinzas –, e os próprios elementos de cena. A artista conta que a relação com as baleias não é nova. Em 2016, fez uma série de pinturas a óleo retratando o assassinato desses animais. Já em 2018, após ver a notícia sobre uma tentativa de salvamento de uma baleia em uma praia do litoral brasileiro, o tema voltou a permear uma de suas telas. “Essa pintura ficou encalhada por dois anos e em 2020 a temática ganhou corpo. Naquela época, estávamos em uma situação evidente de confronto com a morte e com a indeterminação. Nas telas, a baleia funciona como uma metáfora, que questiona a nossa relação diante de uma presença inesperada e as nossas ações, quando estamos repletos de impotência, solidão e incertezas”, revela Olívia.
A artista, que também é psicanalista, explora tensionamentos entre humanidade e animalidade em sua poética, não apenas no desenvolvimento estático, mas como uma espécie de convocação ética e política. “A aposta é que, paradoxalmente, a divisão explícita na pintura – bicho x gente – pode chamar para seu contrário, um borramento dessas fronteiras. Nesse sentido, é aí também que o litoral e a ideia de superfície entram no trabalho, trazendo a ideia da superfície como ponto de contato e limitação entre um animal e outro, entre vida e morte, entre um estado e outro”, explica.
Para Lilian Sais, poeta, ficcionista, roteirista e produtora de podcasts, que assina o texto de apresentação da exposição, as baleias estão entre os seres mais enigmáticos, fascinantes e até mesmo aterrorizantes. Ao serem retratados fora de seu habitat natural, a água, perdem todo o seu poder e cumprem o retorno ao ponto de partida ancestral: a superfície da Terra. Aos poucos, esse animal vira uma massa sem forma, que levanta questionamentos. É melhor removê-la? Salvá-la? Matá-la? “A impotência humana diante de uma baleia encalhada não difere muito da impotência humana diante da morte. Artista é quem silencia para ouvir o mistério que há nas coisas”, reflete.
A exposição “À superfície, em silêncio”, é uma realização da Casa Fiat de Cultura e do Ministério do Turismo, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Fiat, do Banco Safra e da Usiminas, e co-patrocínio do Grupo Colorado. O evento tem apoio institucional do Circuito Liberdade, do Governo de Minas e do Governo Federal, além do apoio cultural do Programa Amigos da Casa, da Brose do Brasil e do Instituto Usiminas.
Praça da Liberdade, nº10, Funcionários | CEP: 30140-010 | Belo Horizonte/MG - Brasil
Tel: +55 (31) 3289-8900 | Fax: +55 (31) 3289-8920
Administração: de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h30
Horário de funcionamento: terça a sexta-feira, das 10h às 19h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h
Visitas agendadas sob consulta
Toda programação é gratuita
Desde a última terça-feira, 11 de janeiro até 27 de fevereiro de 2022, a Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard, do Palácio das Artes, recebe a exposição Magister Raffaello, promovida pelo Consulado Geral da Itália em Belo Horizonte, pela Fundação Clóvis Salgado e pela Magister Art em celebração ao 500° aniversário de morte de Raffaello Sanzio, considerado um dos maiores artistas do renascimento italiano. Através de recursos tecnológicos e conteúdo multimídia, a exposição conduz o visitante em uma viagem virtual inédita ao Renascimento Italiano e à vida e obra do pintor. Uma nova experiência de observação e conhecimento sobre as obras do artista, descobrindo detalhes e técnicas.
A curadoria de “Magister Rafaello” é de Claudio Strinati, historiador de arte, especialista em pintura e escultura renascentista, e de Federico Strinati, gestor de promoção e patrimônio cultural.
Para Eliane Parreiras, presidente da Fundação Clóvis Salgado, “Magister Rafaello” reafirma o uso da tecnologia pelo Palácio das Artes como instrumento de mediação e difusão cultural e acesso à arte. “Com essa exposição, o Consulado Italiano proporciona ao público mineiro uma imersão no Renascimento, e também um aprofundamento no trabalho de Raffaello, um dos artistas universalmente mais conhecido de todos os tempos. É uma grande oportunidade de vivenciar a obra desse gênio, de maneira inédita”, comemora Eliane Parreiras.
O passeio pela mostra começa com um autorretrato de Raffaello, atualmente em exposição na Galeria Uffizi em Florença, e a cronologia dos principais momentos de sua vida. A primeira sala temática, Espaços Habitados, traz o quadro A cidade ideal, de autor desconhecido, mas contemporâneo a Raffaello, que convida o visitante a começar a jornada partindo de Urbino, cidade onde o artista nasceu, para chegar à Città di Castello. Na sala seguinte, Encontrando Equilíbrio, o público poderá vivenciar um período altamente produtivo da vida de Raffaello.
No terceiro espaço, A Espiritualidade Nobre, o visitante é recebido por uma coleção de madonas e retratos femininos e masculinos, encomendados a Raffaello tanto por clientes religiosos como seculares como a família Doni, a mesma que encomendou a Michelangelo a pintura redonda do chamado Tondo Doni, exposta na Galeria Uffizi. A sala Os Aposentos Papais retrata as boas relações de Raffaello com Roma, graças ao seu talento e habilidade.A Escola de Atenas, A expulsão de Heliodoro do templo e O fogo no Borgo são obras inéditas na arte ocidental que enriquecem as chamadas Salas de Raffaello, nos Museus Vaticanos. Por fim, na sala Utopia e Poder, a jornada pela vida e obra de Raffaello termina com a obra A Transfiguração, última pintura que simboliza o fim prematuro de uma vida.
Mais informações:
“Magister Raffaello” | Raffaello Sanzio
Quando: 11 de Janeiro (terça-feira) a 27 de fevereiro (domingo)
Hora: Terça-feira a sábado das 9h30 às 21h, e aos domingos, das 17h às 21h
Onde: Grande Galeria Guignard – Palácio das Artes - Av. Afonso Pena, 1537, Centro – Belo Horizonte
Quanto: Entrada Gratuita
Informações para o público: (31) 3236-7400
CASA FIAT DE CULTURA REABRE AO PÚBLICO COM RESTAURO DE OBRAS DE ALEIJADINHO
Com visitas presenciais agendadas, visitantes poderão contemplar ao vivo o trabalho dos restauradores e acompanhar todo o processo
O patrimônio cultural denota o valor das formas de manifestação de nossa memória e evidencia a importância do conhecimento das raízes de nossa identidade. Prova disso são as expressões artísticas pregressas: ao se transformarem em um legado, nos moldam até os dias atuais e, mais do que isso, trazem perspectivas e referências para o futuro. Para celebrar seus 15 anos e a reabertura ao público, “Aleijadinho, arte revelada: o legado de um restauro” é um presente da Casa Fiat de Cultura a Minas Gerais e ao Brasil. O grande destaque desta iniciativa inédita está no cuidadoso restauro de três obras de Aleijadinho (1738-1814), guardadas sob as montanhas de Minas Gerais: as imagens de Sant’Ana Mestra, de São Joaquim e de São Manuel. Em uma experiência viva e única, será possível conhecer os bastidores do ateliê e vislumbrar detalhes das etapas do restauro. Desde o dia 3 de novembro, o público poderá agendar, pela Sympla, visitas mediadas pelo Programa Educativo ao ateliê-vitrine instalado no hall da Casa Fiat de Cultura. Além disso, pelas redes sociais, será possível acompanhar a websérie “Aleijadinho, arte revelada: o legado de um restauro”, que vai apresentar o making of de todo o processo e aspectos da vida e da obra de Aleijadinho. No dia 2 de dezembro, será inaugurada a mostra que revela as obras de São Joaquim e São Manuel já restauradas, enquanto Sant’Ana continua em processo de restauro, ao vivo, para apreciação do público.
Segundo o presidente da Casa Fiat de Cultura, Fernão Silveira, desde sua fundação, em 2006, a instituição desenvolve ações voltadas à valorização do patrimônio. “Restaurar obras do século XVIII revela, além de suas características e peculiaridades, a importância do seu gênio criador, o mestre Aleijadinho. Restaurar é respeitar o passado e, ao mesmo tempo, reconstruir a esperança no futuro. Ao oferecermos a oportunidade de o público acompanhar um restauro ao vivo, estamos, uma vez mais, a cumprir nosso papel de valorizar a cultura e os múltiplos saberes, formando públicos aptos a vivenciar as muitas dimensões da arte”, afirma.
“Ao completar 45 anos de presença em Minas Gerais, a Fiat, agora integrada à Stellantis, o quarto maior grupo automotivo do mundo, apoia a Casa Fiat de Cultura neste presente especial oferecido aos brasileiros: o cuidadoso restauro de obras do mestre Aleijadinho. A Fiat e a Stellantis orgulham-se de participar deste momento. Além de preservar a riqueza de obras de grande importância, a Casa Fiat de Cultura ajuda a preservar, para as futuras gerações, a expressão mineira de um movimento artístico europeu como o Barroco”, salienta o presidente da Stellantis para a América Latina, Antonio Filosa.
“Aleijadinho, arte revelada: o legado de um restauro na Casa Fiat de Cultura” é uma realização da Casa Fiat de Cultura, com apoio do Ministério do Turismo, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, patrocínio da Fiat, do Banco Safra e da Gerdau, copatrocínio da Expresso Nepomuceno, da Sada, do Banco Fidis e do Mart Minas. A mostra tem apoio institucional do Circuito Liberdade, do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico (Iepha), do Governo de Minas e do Governo Federal, além do apoio cultural do Programa Amigos da Casa, da Brose do Brasil e da Brembo.
Casa Fiat de Cultura
Data: 03 de novembro a 02 de janeiro
Praça da Liberdade, 10 | Funcionários | Cep: 30140-010 | Belo Horizonte / MG – Brasil
Tel: +55 (31) 3289-8900 | Fax: +55 (31) 3289-8920
Administração: De segunda a sexta-feira – 9h às 18h30
Visitas agendadas sob consulta. Toda programação é gratuita
PROSPECTIVA é um olhar para a frente do celebrado artista brasileiro – um dos grandes nomes da Nova Figuração -, que tem relação antiga com Minas Gerais e apresenta trabalhos inéditos, em Belo Horizonte.
No início de sua carreira, na década de 1970, por meio do amigo Frans Krajcberg, o gravador, fotógrafo e pintor Carlos Vergara conheceu, na cidade de Rio Acima, em Minas Gerais, o que seria até os dias de hoje a base do pigmento que usa em suas criações. “Sou discípulo de Mestre Ataíde, o inventor da pintura no Brasil”, faz questão de dizer o artista. Em “PROSPECTIVA”, porém, sua mais recente exposição, a ideia é “olhar para a frente, viver o presente e propor através do trabalho, e do encontro com o público, novas possibilidades e perspectivas”. A mostra será aberta ao público a partir de 06 de outubro, no Museu Inimá de Paula, trazendo grandes obras do gaúcho radicado no Rio de Janeiro.
Entre as principais está o maior conjunto de painéis de Vergara, de 5,70m X 5,70m cada, feitos a partir de monotipias no Cais do Valongo – antiga zona portuária do Rio de Janeiro, reconhecida pela UNESCO por sua importância histórica, por ser o local onde cerca de 900 mil africanos escravizados chegaram à América do Sul -, e nos trilhos do bonde do Santa Teresa carioca, onde mantém seu ateliê. “A imagem dos trilhos é sempre eloquente pra mim. Em 1950 visitei a Bienal de São Paulo de bonde. Ia muito de bonde do Jóquei para o Bar 20, no Rio de Janeiro. Hoje os bondes infelizmente circulando somente nos arcos da Lapa, até os Prazeres, Santa Teresa tem esses desenhos dos trilhos que são incríveis e sempre me vêm à cabeça. Deste que é o bonde elétrico mais antigo do Brasil”, relembra Carlos. “O museu precisou adaptar as paredes para comportar os quadros da série que dá nome à exposição”, conta a diretora Claudia Tunes, animada com a primeira mostra de um artista convidado após a reabertura do espaço.
Outros destaques são a série “Sudário”, com monotipias colhidas em sua viagem ao sul da França em 2019, quando percorreu o caminho do sagrado feminino, que teria sido trilhado pelas três Marias – Maria Madalena, Maria Jacobé (ou Jacobina, mãe de Tiago) e Maria Salomé – e Santa Sara, a escrava egípcia que se tornou padroeira dos ciganos, em fuga dos romanos – “não é um projeto cristão ou antropológico, esses lugares todos têm sinais do inefável, do sagrado. Não estou atrás de religião”, esclarece -; “Natureza Inventada”, onde apresenta dez esculturas em aço corten e duas pinturas; e “Empilhamento”, uma grande coluna formada por bonecos de papel kraft e papel enrugado, empilhados como uma torre de babel. Em sua primeira individual no Museu Inimá de Paula, Carlos Vergara apresenta mais de 80 obras, sua maior exposição em Minas Gerais. “É uma exposição densa, feita intensamente e que homenageia Minas Gerais”, conta o artista, que em novembro completa 80 anos.
Vergara é um dos principais representantes do movimento da Nova Figuração no Brasil. Em 1963 expôs na Bienal de São Paulo pela primeira vez. Dois anos depois, participou da mostra Opinião 65, considerada um marco na história da arte brasileira. Em 1969 foi convidado para a X Bienal de São Paulo, conhecida como a Bienal do Boicote, por conta da recusa na participação de diversos artistas em reprovação ao Ato Institucional n.5. Pintou premiados painéis pelo mundo, em cidades como Paris, Nova York, Cidade do México, Madri, Genebra e Tóquio, entre outras. Em 78 teve o livro “Carlos Vergara” editado pela Funarte como parte da coleção Arte Brasileira Contemporânea. Vergara também já levou a sua arte para a Bienal de Veneza (1980), Lisboa e dezenas de outras cidades no Brasil e no mundo.
Prospectiva fica em cartaz até fevereiro de 2022. Para mais informações, acesse o site do Museu Inimá de Paula.
PROSPECTIVAS – Carlos Vergara
Museu Inimá de Paula (Rua da Bahia, 1201 – Centro)
Visitação até fevereiro de 2022
Funcionamento: Terça, quarta, sexta e sábado, das 10h às 18h30; quinta, de 12h às 20h30; domingo, de 10h às 16h30
Entrada gratuita
A exposição que chega ao Brasil tem um nome bastante explícito, “A tensão” (e sonoramente ambíguo: quem não lê pode ouvir “atenção”), revelador de um dos prováveis sentimentos que os visitantes sentirão diante das instalações do artista. Isso porque Erlich trabalha com referências que são, literalmente, “lugares-comuns”, espaços que estamos acostumados a ver no dia a dia, mas deslocados da condição de normalidade. Como afirma o curador da exposição, Marcello Dantas, “a obra de Leandro Erlich é estruturada no mecanismo da dúvida. O que nossos olhos veem está em desacordo com o que nossa mente conhece”, sintetiza.
Leandro Erlich, nascido em 1973 e produzindo suas obras em seus ateliês em Buenos Aires e Montevidéu, está, assim, constantemente rompendo as fronteiras que normalmente acreditamos existir entre a realidade e a ilusão. Em entrevista ao jornal argentino Clarín, o artista explicou seu projeto: “Estou interessado principalmente em transformar elementos que as pessoas acreditam que não podem ser transformados, que não podem ser diferentes. Trata-se de uma utopia de apresentar a possibilidade de transformar o que existe em uma outra coisa, e essa ação nos convida a imaginar a realidade de uma maneira diferente”.
Uma das mais bem sucedidas experiências nesse sentido – que se tornou uma de suas obras mais populares e desconcertantes – é “Swimming Pool” (piscina, em português), que será instalada no pátio do CCBB Belo Horizonte. Atração onde quer que seja exposta, a piscina de Erlich provoca sensações absurdas tanto por quem entra nela – sem se molhar – quanto para quem está do lado de fora: uma camada de água entre um lado e outro cria a ilusão de que as pessoas ao fundo estão de fato mergulhadas numa piscina em que não precisam respirar.
Outra obra desconcertante e grande destaque entre as instalações de Erlich presente na exposição de Belo Horizonte é “Classroom”. Nela, quando o visitante adentra na sala, sua imagem é refletida num vidro, como se ele fizesse parte de uma cena diferente. Nessa cena, o visitante se parece com uma espécie de fantasma, como se estivesse numa sala de aula abandonada – as memórias de infância se projetam para um cenário de crise e de abandono.
Desse modo, a tensão provocada pelo artista é resultado não apenas de uma percepção aguda das possibilidades visuais de uma dada situação, mas também de uma preocupação com o próprio espaço que abriga as mostras, que se tornam, desse modo, únicas. A percepção da piscina em Belo Horizonte, num prédio histórico, será bastante diferente da provocada pela instalação no Malba, de Buenos Aires, por exemplo, um prédio bem mais moderno.
Justamente por dialogar com o entorno e com as experiências prévias dos visitantes, o trabalho de Leandro Erlich expressa como poucos nossa época. Como explica Marcello Dantas, essa é também uma sensação progressiva: “A cada etapa dessa viagem pela exposição, nos damos conta da relação entre expectativa, tensão e atenção que traduzem o espírito de um tempo de incertezas”.
Serviço
Exposição: “A tensão”
Artista: Leandro Erlich (1973-)
Onde: circuito Centro Cultural Banco do Brasil
Quando: Belo Horizonte, de 15.09 a 22.11.2021
Quanto: Entrada Gratuita – não há bilheteria física, os ingressos devem ser emitidos pelo site bb.com.br/cultura com apresentação do QR Code na entrada do CCBB
Atenção:
Para acesso ao prédio do CCBB Belo Horizonte é indispensável a emissão de ingresso online. Antes de agendar sua visita, leia com atenção as informações disponíveis em https://bit.ly/3y9mmDw, que fazem parte do novo protocolo de funcionamento do CCBB Belo Horizonte, conforme Decreto Municipal 17.361 de 22 de maio de 2020.
- Horário de funcionamento: de quarta a segunda, das 10h às 22h
Se você é como os 400 mil pedestre ou 80 mil motoristas de BH que passam pela Avenida Afonso Pena todos os dias, acredito que já tenha se deparado com as 25 belas imagens que estão compondo a fachada do Palácio das Artes, então, essas imagens fazem parte da 4ª edição do Festival Internacional de Fotografia de Belo Horizonte (FIF-BH), que acontece entre 8 de julho e 5 de setembro, e compõe a programação de reabertura dos espaços da Fundação Clóvis Salgado, Palácio das Artes e CâmeraSete. A exposição conta com 43 artistas selecionados, entre fotógrafos, artistas visuais e videomakers, tudo isso sob a curadoria de Bruno Vilela e Guilherme Cunha.
O tema escolhido para essa edição foi “Imagens Resolutivas”, esse termo foi escolhida, pelo líder quilombola Antônio Bispo dos Santos (Nego Bispo), no FIF-BH de 2017, e mesmo sendo uma temática complexa e desafiadora, tal como afirma Vilela, as imagens selecionadas usam da poesia, não apenas para nos levar a reflexões sobre nossa realidade e a do outro pelo mundo, mas também para nos guiar rumo a um universo melhor, através das figuras que apontam caminhos, soluções e saídas para os problemas enfrentados coletivamente: que tencionam nossa compreensão e atuação no mundo.
Período expositivo: 8 de julho (quinta-feira) a 5 de setembro de 2021
Locais:
Palácio das Artes: Galeria Genesco Murta, Galeria Arlinda Corrêa Lima e Galeria Aberta Amilcar de Castro – Av. Afonso Pena, 1537, Centro, BH
CâmeraSete – Casa da Fotografia de MG: Av. Afonso Pena, 737, Centro, BH
Evento gratuito.
Dos dias 13 de julho a 12 de setembro, a Casa Fiat de Cultura inaugura a exposição fotográfica virtual “As Praças [In]visíveis”, que poderá ser apreciada no site da Casa Fiat de Cultura, a mostra apresenta 21 fotografias de praças italianas, acompanhadas de textos originais de escritores que têm alguma ligação com esses espaços.
Espaços de convivência, socialização, atividades comerciais e manifestações culturais, as praças sempre foram consideradas um ponto público de grande importância para as pessoas e as cidades. Contudo, quais contornos esses locais ganham quando um evento de impacto mundial impede as pessoas de saírem de casa? O que acontece quando os elementos vivos são retirados das praças? Esses e outros aspectos arquitetônicos, culturais e urbanísticos serão discutidos pela Casa Fiat de Cultura e pelo Consulado da Itália em Belo Horizonte, com apoio do Istituto Italiano di Cultura San Paolo, na exposição virtual de fotografias “As Praças [In]visíveis”.
Na Itália, em Minas Gerais ou em qualquer lugar do mundo, a pandemia transformou o burburinho dos grandes centros urbanos em imensidão de silêncios, despertando um jeito diferente de enxergar as paisagens e a descoberta de diferentes desenhos da cidade. Com as praças, não foi diferente. Cenários simbólicos da convivência humana, elas ficaram, de repente, vazias. A mostra “As Praças [In]visíveis” propõe novo olhar sobre esses ambientes, ao reunir textos e imagens de 42 escritores e fotógrafos italianos, em diálogo que conecta cultura, beleza e cenários históricos, para revelar monumentos arquitetônicos que são verdadeiras obras de arte.
Abaixo mais informações:
Exposição virtual – As Praças [In]visíveis
Em cartaz de 13 de julho a 12 de setembro
Uma realização da Casa Fiat de Cultura e do Consulado da Itália, com o apoio do Istituto Italiano di Cultura San Paolo
Casa Fiat de Cultura
Circuito Liberdade
Praça da Liberdade, 10 – Funcionários – BH/MG
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