Pioneiro do retrato, o diamantinense de 97 anos, Assis Horta, inspirou a mostra vencedora do XII Prêmio Marc Ferrez.
Suas fotografias estão na Grande Galeria do Palácio das Artes.
Com uma câmera sanfona e algumas chapas de vidro, um modesto fotógrafo mineiro fez história nos anos 30. Dono de um estúdio em Diamantina, Assis Horta foi contratado para tirar as fotos 3x4 de milhares de operários de uma fábrica de tecidos que precisavam adquirir a então inédita carteira de trabalho. Com sensibilidade e primor técnico, ele produziu belos registros de pessoas que certamente eram fotografadas pela primeira vez. Assis conta que algumas gostavam tanto da experiência que voltavam com a família para pedir outro retrato. O fotógrafo e pesquisador Guilherme Horta (não, eles não são parentes) organizou esse extenso acervo em uma pesquisa vencedora do importante XII Prêmio Marc Ferrez de Fotografia, na categoria reflexão crítica. A preciosa coleção, que em 2013 foi exposta em Ouro Preto, vai ocupar a Grande Galeria do Palácio das Artes. Serão exibidos 200 retratos, que merecem uma visita demorada. Haverá também uma instalação que recria o estúdio do artista, com uma cadeira, um tapete e um fundo infinito pintado a mão, onde o visitante poderá se sentir fotografado como antigamente.
Palácio das Artes - Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard.
Avenida Afonso Pena, 1537, Centro, ☎ 3263-7400.
→ Terça a sábado, 9h30 às 21h; domingo, 16h às 21h. Grátis.
Até 7 de junho.
Após percorrer o Médio Piracicaba e ser apreciada por cerca de 5.000 pessoas,
chega ao Colégio Loyola a exposição
“Francisco Vieira Servas e suas marcas na Região do Médio Piracicaba”.
De 4 a 27 de abril, no Passo das Artes do Colégio.
Abertura: 04/04 (segunda-feira), às 20h
Encerramento: 27/04 (quarta-feira), às 18h
Visitação: Segunda a sexta, das 8h às 9h30 | 10h30 às 12h | 14h às 15h30 | 16h30 às 18h
Entrada gratuita
Colégio Loyola:
Avenida do Contorno, 7919 - Cidade Jardim - Belo Horizonte, MG - FONE: 2102-7000
Até o dia 8 de maio a Galeria de Arte do Centro Cultural Minas Tênis Clube exibe a exposição Força Estranha, com obras da artista centenária Lêda Gontijo. Estarão à disposição para contemplação cerca de 80 esculturas em argila, madeira e pedra, emprestadas de colecionadores particulares do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas.
Conta-se que desde pequenina, Lêda esculpia em massas de pão à mesa do café da manhã, mostrando que a intimidade com a arte vem desde bem cedo. Com curadoria do produtor Paulo Rossi, “Força Estranha” apresentará para o grande público a aura de encantamento e mistério das peças de Lêda Gontijo. Mineira de Juiz de Fora, a artista completa 101 anos em março em plena e profícua atividade.
Lêda Gontijo foi uma das primeiras alunas de Alberto da Veiga Guignard, juntamente com suas irmãs Lisete Meimberg e Maria Luiza Falci que ficaram conhecidas como as Irmãs Selmi Dei, todas artistas de primeira grandeza. A artista fez parte da histórica turma de Guignard que ajudou a firmar o modernismo na capital, mas, como uma força estranha que a impulsionava, manteve sua independência, criatividade e personalidade na produção de suas obras sem seguir nenhum movimento artístico.
A exposição tem curadoria do produtor Paulo Rossi e não terá um caráter retrospectivo rígido, mas abordará grande parte do período de atuação de Lêda Gontijo como artista dos anos 1940 até o presente momento. O curador afirma que o que deve ser observado na exposição é o fazer artístico. “A dona Lêda transpira trabalho. Ela está o tempo todo produzindo Quando você entra em intimidade com ela e em contato com o que ela tem para contar, você fica realmente encantado”, conta. Sendo assim, não há, nesta exposição, uma obra que se destaque sobre a outra, segundo Rossi, não foi feito juízo de valor das peças expostas na Galeria de Arte do Minas Tênis Clube. “O público se sentirá livre para fruição da exposição”, enfatiza o curador.
Para o crítico e artista Márcio Sampaio, Lêda é uma artista inquieta, criativa e inventiva. “No barro, na pedra-sabão, nos diferentes tipos de madeira, da mais dura à mais dócil, nas raízes ou nos materiais novos, como a fibra de vidro e a resina, Lêda encontra – ou inventa – múltiplas possibilidades, submetendo-os aos seus caprichos criativos”, afirma.
A artista transita com facilidade entre o erudito e o popular fazendo com que a arte seja mais acessível a todos. A liberdade na forma de fazer a arte faz de suas peças únicas. “Seu olhar aguçado descobre em troncos e raízes uma possibilidade criativa. Remove da pedra a sua aridez e dá-lhe transparência e leveza. Do barro, molda histórias de gente simples, registros poéticos de um instante de vida captado com afeto; agrega tachinhas e fios dourados, pontilhando asas e cabeças numa ornamentação precisa; incrusta bronze dourado – a figura de um filho recém-nascido, pousada no colo afetuoso da mãe, esculpida na pedra rude”, observa Márcio Sampaio.
Em tempo: As esculturas de Santo Inácio e Jesus Cristo no hall de entrada do Centro Loyola são de Lêda Gontijo.
“Força Estranha”
Curadoria: Paulo Rossi
Artista: Lêda Gontijo.
Período: 9 de março de 2016 a 8 de maio de 2016.
Horário de funcionamento da Galeria de Arte: de terça a sábado, das 10h às 20h, e domingos e feriados, das 11h às 19h.
Entrada franca.
A Casa do Baile (Avenida Otacílio Negrão de Lima, 751, Pampulha) recebe a mostra "Paisagens Arquitetônicas Contemporâneas: Normas Ortogonais e Sistemas Curvos" com as obras de grandes arquitetos da história como Norman Foster, Le Corbusier e Oscar Niemeyer.
A mostra reúne fotografias, mapas, desenhos, objetos e vídeos de desenhos urbanos, arquiteturas e paisagismos criados por arquitetos de renome internacional em várias partes do mundo.
A exposição investiga e apresenta cidades, edifícios e jardins em escalas local e global. Uma multiplicidade que explora cidades como Belo Horizonte, Goiânia, Brasília, Arizona, Paris, Moscou, entre outras. As fotografias, mapas, desenhos, objetos e vídeos presentes na exposição comprovam a universalidade do tema e, ao mesmo tempo, proporcionam ao visitante uma sensação de reconhecimento.
Visitação até 3 de abril, de terça a domingo, de 9h às 18h e, nas quintas-feiras, até 21h.
O Museu Inimá de Paula (Rua da Bahia, 1201, centro) recebe até o dia 17 de janeiro, a mostra "Por Um Amor Maior", da artista Cláudia Coutinho. As obras em acrílica sobre tela e técnica mista seguem a vertente do expressionismo abstrato.
Cláudia nasceu em Tapiraí - MG e formou-se em artes plásticas pela Escola Guignard. Entre suas referências estão nomes de peso como Henri Matisse, Willem de Kooning, Hans Hoffman e Helen Frankentaller. Ela afirma que o abstracionismo, especialmente o expressionista, carece de publicização.
Além de artista plástica, Cláudia Coutinho também é escritora e psicóloga. Ela acredita que as várias atividades lhe auxiliaram a encontrar formas de dar vazão aos seus sentimentos.
Horário de funcionamento do Museu: terça, quarta, sexta e sábado, de 10h às 18h30 / quinta-feira, de 12h às 20h30 e, aos domingos, de 12h às 18h30.
Entre os dias 12 de agosto e 15 de novembro, o Memorial Minas Gerais Vale (Praça da Liberdade, s/nº - Savassi) recebe a exposição de fotografias de Vera Godoi, "Circunstâncias". A exposição fica aberta ao público terças, quartas, sextas e sábados, de 10h às 17h30; quintas-feiras, de 10h às 21h30 e nos domingos, de 10h às 15h30.
Vera Godoi é uma street photographer. Seu interesse está na rua, no mundo e nas pessoas, que fotografa com ética e comprometimento. Acredita no poder transformador das imagens, além de considerá-las uma forma de expressão poética. Trabalhou como fotojornalista nos principais jornais da cidade e atualmente é professora universitária, levando seu conceito de vida para outras gerações de fotógrafos.
Entre os dias 7 de julho e 7 de setembro, a Casa Fiat de Cultura (Praça da Liberdade, 10, Funcionários) recebe a exposição "Uma Certa Itália - 15 Artistas do Piemonte".
A mostra vai apresentar a arte que é produzida na Itália atualmente, país que sempre esteve no centro da produção cultural ocidental, onde sua arte atravessou séculos, ditou conceitos e inovou técnicas, fazendo de seus artistas grandes nomes da história.
Serão apresentadas 45 obras de 15 jovens artistas italianos, sob a curadoria do especialista em arte contemporânea e Presidente da Associação Cultural Ítalo-Brasileira (ACIB), Renato Scalon, que mostram a multiplicidade e a qualidade artística da Itália Contemporânea.
Além das 45 telas, a exposição conta com o contraponto de uma instalação que une arte e tecnologia. Trata-se do robô Racer, o mais rápido do mundo em sua categoria, criado pela Comau, empresa de sistemas automáticos e flexíveis do Grupo FCA e patrocinadora da exposição, que dá as boas-vindas ao público. A instalação ganhou uma leitura contemporânea criada pelo designer Mario Suarez, que personalizou o robô com referência a um braço humano tatuado.
Piemonte
A região do Piemonte, na Itália, reconhecida pelas tradições camponesas e pela imagem industrial por entre os Alpes, passou, nos últimos 40 anos, por uma efervescência artístico-cultural, sobretudo na cidade de Turim. Uma região de realidade sociocultural circunscrita viu nascer uma nova geração de pintores, que, influenciados por tecnologias e meios de comunicação da pós-modernidade, vieram rejuvenescer a produção artística local e apresentar a cultura piamontesa ao mundo.
Artistas: Nicola Bolaffi, Manuele Cerutti, Docmio, Carlo Galfione, Carlo Gloria, Davide Le Grazie, Paolo Leonardo, Anna Madia, Cristina Mandelli, Ada Mascolo, Andrea Massaioli, Marco Memeo, Chiara Pirito, Laura Pugno e Píer Luigi Pusole.
SERVIÇO
Exposição “Uma certa Itália – 15 Artistas do Piemonte na Casa Fiat de Cultura”
De 7 de julho a 7 de setembro de 2015
Entrada Gratuita
Casa Fiat de Cultura
Circuito Cultural Praça da Liberdade
Praça da Liberdade, 10 – Funcionários – BH/MG
Informações : 3189-8900
O Café do Memorial Minas Gerais Vale recebe a exposição "De Pai Pra Filha", com imagens feitas pela fotógrafa Ilana Lansky. As obras ficam expostas até 2 de agosto, com entrada gratuita.
O nome da exposição remete à figura de Moyses Lansky, fotógrafo amador que despertou na filha o interesse pela profissão ainda na infância da menina, passada em Israel no final da década de 50. As imagens que compõem a mostra apresentam um recorte no universo de interesse retratado por Lansky, desde momentos familiares até a realização de reportagens jornalísticas, ensaios sociais e pesquisas autorais - como a fotografia pintada à mão, inspirada em técnica utilizada no início do século 20.
Formada em arquitetura pela UFMG, Ilana Lansky atua como fotógrafa em áreas diversas, como a moda, a fotografia industrial, o fotojornalismo e a publicidade.
Exposição "De pai pra filha - Fotografias de Ilana Lansky"
Quando: De 6 de maio a 2 de agosto
Visitação: terças, quartas, sextas e sábados, das 10h às 17h30, com permanência até as 18h. Quintas, das 10h às 21h30, com permanência até as 22h. Domingos, das 10h às 15h30, com permanência até as 16h.
Onde: Memorial Minas Gerais Vale (Praça da Liberdade, 640 - Funcionários, esquina com Rua Gonçalves Dias)
Quanto: entrada gratuita
Classificação: livre
Entre os dias 25 e 28 de junho, a Fundação Municipal de Cultura promove em Belo Horizonte a programação 1º Festival Literário Internacional de Belo Horizonte - FLI-BH. Neste período, o Parque Municipal (Av. Afonso Pena, 1377 - Centro) e o Teatro Francisco Nunes (Av. Afonso Pena - Parque Municipal, s/n - Centro), entre outros espaços espalhados pela capital vão receber uma série de atividades e nomes de peso da literatura internacional.
Compõem a programação, conferências, palestras, mesas de debate, sessões de autógrafos, exposições, teatro, música, cinema, performances, intervenções urbanas, oficinas, entrevistas, saraus, narrações de histórias e, principalmente, muitos encontros.
Programação de Exposições
"Cidades escritas"
Cidades escritas é o título da exposição do fotógrafo Daniel Mordzinski, conhecido como “o fotógrafo dos escritores", que o FLI-BH traz a Belo Horizonte. Nascido na Argentina e radicado em Paris, Mordzinski dedica-se há mais de trinta anos a retratar escritores e escritoras pelo mundo, em busca de compor um verdadeiro “atlas humano da literatura”. A exposição reúne fotos de escritores e suas cidades, tiradas por Mordzinski ao longo de sua trajetória profissional, e textos de Afonso Borges.
Local: Largo do Teatro Francisco Nunes (Av. Afonso Pena - Parque Municipal, s/n - Centro).
Durante o FLI-BH, de 9 às 22h
"O livro do acaso – Parceria com o projeto Encontro com o autor"
A exposição O livro do acaso apresenta o processo de criação do mais recente livro de Nelson Cruz, um encontro de textos e ilustrações do autor. O livro reúne frases recolhidas em obras de autores como Florbela Espanca, Coelho Neto, Lima Barreto e Alberto Caeiro, entre outros, organizadas em uma narrativa poética. A ideia do acaso é ampliada nesse encontro em que o autor/ilustrador organiza e harmoniza texto e ilustrações onde as irregularidades da madeira são adicionadas à narrativa visual. Vencedor do Prêmio Monteiro Lobato 2015, da Academia Brasileira de Letras.
Local: Foyer do Teatro Francisco Nunes (Av. Afonso Pena - Parque Municipal, s/n - Centro).
Durante o FLI-BH, de 9 às 22h
"Caleidoscópio: roupas para ler, palavras para tocar"
Exposição de estampas digitais realizada pelos estudantes dos cursos de bacharelado em Design e Tecnologia em Design de Moda – UNIBH. A mostra apresenta um universo imagético que salienta a força expressiva dos poemas de Carlos Drummond de Andrade.
Local: Centro de Referência da Moda (Rua Bahia, 1149 - Centro)
Rua da Bahia, 1149, Centro
De 10 a 28 de junho: Terça a sexta-feira, de 9h às 21h; sábado e domingo, de 10h às 14h
Festival Literário Internacional de Belo Horizonte
Com a curadoria de Afonso Borges, Beatriz Hernanz e Leida Reis e com o tema "Imagina o mundo, imagina a cidade", o FLI-BH trará à capital mineira escritores, ilustradores, críticos e especialistas de vários lugares do Brasil e do exterior, aproximando livros e leitores.
A primeira edição do FLI-BH faz homenagem ao escritor Carlos Drummond de Andrade, que levou Minas para além de suas montanhas.
Outras informações no site www.flibh.com.br.
Sete expositores apresentam seus trabalhos de cerâmica, técnica milenar que se renova na expressão de cada artista. Pratos, oratórios, placas, mandalas, bijuterias, móbiles trabalhados em cores, impressões rendadas, poemas e desenhos.
Terra Viva Cerâmica é o grupo de ceramistas que se reúne há 25 anos para criar, produzir peças e trocar experiências. O grupo apresenta seus trabalhos em exposições, mostras, feiras e encontros.
A exposição está no Passo das Artes do Colégio Loyola (Av. do Contorno 7919) até o dia 17 de junho, às 18h.
Os horários para visitação são de segunda a sexta-feira, das 8h às 09h30min, das 10h30min às 12h, das 14h às 15h30min e das 16h30min às 18h.
MOSTRA DO GRUPO TERRA VIVA CERÂMICA
O grupo “Terra Viva Cerâmica” foi criado a partir do encontro de ceramistas que elegeram essa técnica milenar como meio de expressão. Atuando na área há aproximadamente 25 anos, as organizadoras do grupo, Cristina Paiva, Ione Laurentys, Nancy Continentino e Cornélia Gunther, participam de mostras, encontros e feiras em Belo Horizonte e em cidades próximas, como Ouro Preto, Nova Lima e Tiradentes. Com o passar do tempo, outros ceramistas se integraram ao grupo. Atualmente, o “Terra Viva Cerâmica” possui 20 participantes que se alternam em eventos periódicos para divulgar seu trabalho. O Mercado Distrital do Cruzeiro é o principal espaço de atuação do grupo. Cada ceramista trabalha em ateliê próprio e possui uma linha de pesquisa específica. Bell Resende desenvolve peças decorativas em queima de Raku e alta temperatura. Sua produção se destaca pelos originais móbiles, pratos de parede e por uma linha de bijuterias em cerâmica e prata. Cristina Froes elabora um trabalho com peças utilitárias e escultóricas.
O tema principal de sua pesquisa é “O prato nosso de cada dia”, que coloca em discussão um dos objetos mais comuns na linguagem da cerâmica. Cristina Paiva se inspira na religiosidade e no Barroco mineiro, criando oratórios, placas, retábulos, estandartes e mandalas que expressam a força da cultura de Minas Gerais. Cornélia Gunther faz peças coloridas com temáticas da natureza, como animais, frutas e legumes, além de trabalhar com placas decorativas com desenhos e poemas do cancioneiro popular mineiro. Marcílio Figueiredo representa figuras poéticas imaginárias e estilizadas da fauna e flora brasileiras. Suas peças chamam a atenção pela originalidade das formas e cores, queimadas na técnica de Raku. Paula Souza Dias caracteriza-se por desenvolver um trabalho escultórico, criando peças isoladas ou um conjunto de figuras expressivas, bastante realistas, porém com temas essencialmente poéticos. O atelier Tauariê Objetário apresenta peças utilitárias que se destacam pelas belas impressões rendadas, de cores fortes, que decoram tigelas, xícaras, pratos e bandejas originais.
Essa diversidade de propostas de criação é visível no Passo das Artes (do Colégio Loyola). Ao observar cada vitrine, o visitante se depara com o toque pessoal de cada um dos sete expositores, suas ideias e estilos. A “Mostra do Grupo Terra Viva Cerâmica” apresenta a identidade de artistas que transformam o barro em artesanato e Arte.
Cristina Paiva
Amanda Lopes
Mai / 2015
A Capela do Colégio Loyola recebe de 30 de março a 30 de abril a exposição de BAX: “200 Faces de Jesus de Nazaré”.
BAX revela nessas obras, além de seus traços, um mergulho na fé representado por rostos de Jesus rodeados por peixes e algas, numa mistura com o universo marinho e os elementos do cosmo.
Vale a pena conferir! O visitante ainda pode contemplar a exposição de BAX que estará no Passo das Artes, “ICHTHYS”. São 16 pinturas, mostrando o nascimento de Jesus, as 14 estações da Via Sacra e a ressurreição.
Horários de visitação: de segunda a sábado, das 8h às 9h30min, das 10h30min às 12h, das 14h às 15h30min, das 16h30min às 18h.
Observação: o Colégio não estará aberto nos feriados de abril, de 2 a 5 e de 18 a 21.
“Cabeça” dará a oportunidade ao público de conhecer – pelos olhos do próprio artista, Milton Machado, que assina a curadoria e o projeto expográfico – uma seleção de obras pertencentes a diferentes coleções, agora reunidas.
A primeira sala receberá as esculturas “Hi-Fi” e “Pilha”. Na sala 2 serão exibidos vários vídeos, entre eles “Vermelho” – premiado no festival Video Brasil – “Pintura” e “Edifício Galaxie”, produzidos em diversas épocas.
A sala 3 será dedicada aos desenhos dos anos 1970 e 1980, desenhos da série “Conspiração Arquitetura” – tais como “Cidade Fictícia Invadida Por um Mar de Ignorância Real, Cidade Real em Chamas” e “Hotel Tropical na Baía de Guanabara”– além de desenhos recentes, produzidos nos últimos três anos. Na sala 4, o destaque são as fotografias, como “Michelangelo com Faróis” e “Two Weddings”, produzidas especialmente para a exposição no CCBB.
A Sala 01 reunirá esculturas, pinturas, objetos e desenhos de diferentes épocas. Dentre os destaques, a escultura “Semáforo”, exposta na 19ª Bienal de São Paulo, em 1987. A instalação “21 Formas de Amnésia”, de 1989, um dos trabalhos mais relevantes da produção do artista, ficará na sala 02.
A sala 03 receberá “História do Futuro”, trabalho-em-progresso iniciado em 1978, do qual faz parte a escultura “Módulo de Destruição atravessado por Nômade”, com desenhos, fotografias, estudos preliminares, o livro de mesmo título e o vídeo produzido para a 29ª Bienal de São Paulo. A sala 04 abrigará a instalação inédita “Paraíso”.
Milton Machado
Carioca, 68 anos, Milton Machado é arquiteto pela FAU / UFRJ (1970), mestre em Planejamento Urbano pelo IPPUR / UFRJ (1985) e doutor em Artes Visuais pelo Goldsmiths College University of London (2000). Realizou 26 exposições individuais, participou de coletivas relevantes, no Brasil e no exterior, tais como o Panorama, no MAM São Paulo (em que recebeu o prêmio de desenho em 1991); as 10ª, 19ª e 29ª edições da Bienal de São Paulo; a 7ª Bienal do Mercosul; Europalia, em Bruxelas; Imagine Brazil, em Oslo e Lyon, entre dezenas de outras. Tem trabalhos em coleções emblemáticas de arte brasileira e latino-americana, tais como Gilberto Chateaubriand/MAM-RJ, João Sattamini/MAC-Niterói, MALI/Lima-Peru, ESCALA/Colchester-UK e Daros Latinamerica/Zurique-Suíça. Tem textos publicados em livros, revistas, jornais e na internet. É professor associado do Departamento de História e Teoria da Arte e do PPGAV-Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais, Escola de Belas Artes EBA / UFRJ. Dedica-se ao estudo e à prática amadora da música, é escritor, poeta, palestrante e pesquisador. Milton Machado é representado pela Galeria Nara Roesler.
Local: Centro Cultural Banco do Brasil
Endereço: Praça da Liberdade, 450 – Funcionários
Observações: Informações: (31) 3431-9400
Valor: Gratuito
Horário: Quarta à segunda, de 9h às 21h
Site: http://www.ccbbbh.com.br
Data final: 30/03/2015
A mostra itinerante Do Objeto para o Mundo – Coleção Inhotim, marca a primeira vez que parte do acervo do instituto deixa sua sede, em Brumadinho. O período expositivo vai de 12 de dezembro de 2014 a 08 de março de 2015 nas galerias do Palácio das Artes e no Centro de Arte Contemporânea e Fotografia.
A proposta é um recorte do acervo, com mais de 50 obras, que examinam a formação do campo da arte contemporânea a partir da coleção e do programa da instituição, inaugurada ao público em 2006. Uma correalização da Fundação Clóvis Salgado, a exposição toma como ponto de partida um momento histórico em que a arte deixa de se resumir a objetos para existir de maneira mais aberta para o mundo.
Na Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard, o percurso é organizado em quatro núcleos, parte do neoconcretismo de Hélio Oiticica, Lygia Clark e Lygia Pape; passa pela geometria conceitual de Channa Horwitz, Cildo Meireles e David Lamelas e pelo vanguardismo do grupo Gutai, surgido no pós-guerra do Japão, chegando ao acionismo e à presença do corpo na arte, como no trabalho de Chris Burden. Essas obras são apresentadas em diálogo com artistas de outras gerações, como Gabriel Sierra, Jac Leirner, Cinthia Marcelle, entre outros.
Já as galerias Genesco Murta e Arlinda Corrêa Lima abrigam instalações de maior escala de Ernesto Neto, Jorge Macchi, Mauro Restiffe, Melanie Smith, Rivane Neuenschwander e Thomas Hirschhorn.
No Centro de Arte Contemporânea e Fotografia, a videoinstalação Homo sapiens sapiens (2005) de Pipilotti Rist, será exibida pela primeira vez no Brasil.
EVENTO: Do Objeto para o Mundo – Coleção Inhotim
DATA: De 12 de Dezembro, Sexta a 08 de Março, Domingo
HORÁRIO: Terça a sábado: 9h30 às 21h e Domingos: 16h às 21h |
LOCAL: Galerias do Palácio das Artes, Centro de Arte Contemporânea e Fotografia
INFORMAÇÕES PARA O PÚBLICO: (31) 3236-7400
QUASEPOEMA – CARTAS E OUTRAS ESCRITURAS DRUMMONDIANAS
Carlos Drummond de Andrade entregou-se à poesia. Inundou o papel com seus sentimentos e presenteou os leitores com os mais belos versos. Mas ainda há outras facetas a descobrir sobre sua personalidade: cartas enviadas a familiares que mostram os seus mais íntimos pensamentos e experiências. Impregnadas de sabor poético, tais linhas mostram uma nova face do escritor. O poeta apaixonado e resguardado revela-se filho atencioso e carinhoso na exposição inédita “QuasePoema – Cartas e Outras Escrituras Drummondianas na Casa Fiat de Cultura”, de 18 de novembro de 2014 a 18 de janeiro de 2015, com entrada gratuita.
Sob curadoria de Marconi Drummond e Fabíola Moulin, a mostra relaciona a correspondência entre o poeta e a mãe com a poesia drummondiana. O seleto repertório de 88 documentos e cartas escritas por Drummond é do acervo do Memorial Carlos Drummond de Andrade e nunca antes foi apresentado ao público. A exposição conta, ainda, com 28 cartas escritas pela mãe do poeta, Dona Julieta Augusta Drummond, e pertencem ao Instituto Moreira Salles. Pela primeira vez, as correspondências, que se mantinham, respectivamente, nas mãos de um colecionador particular e na reserva técnica para restrita pesquisa, podem ser apreciadas pelos visitantes, que são convidados a entrar em um universo particular deste que é um dos grandes nomes da literatura brasileira.
Entre os documentos apresentados, estão relíquias como uma nota promissória do “Banco da Amizade”, em que o escritor enviou a sua cunhada a quantia de “365 dias felizes”, considerado o mais antigo manuscrito de Drummond de que se tem conhecimento, quando “Carlito”, como assina e era conhecido pelo círculo familiar, tinha apenas 13 anos. A ele se somam importantes cartas, como aquele em que o poeta comunica à mãe que o filho tão esperado por ele e a esposa nasceu morto, o anúncio de seu casamento, as dificuldades vividas no Rio de Janeiro no período da 2ª Guerra Mundial e a saudade que sente de Itabira (MG), sua terra natal.
A exposição é formada por sete salas, que convidam o público a entrar no cotidiano de Carlos Drummond de Andrade.
Serviço
Exposição “quasepoema – cartas e outras escrituras Drummondianas na Casa Fiat de Cultura”
De 18 de novembro de 2014 a 18 de janeiro de 2015
Entrada Gratuita
Arte-educadores estão disponíveis ao público na galeria
Casa Fiat de Cultura – Praça da Liberdade, 10 – Funcionários – BH/MG. Horário de funcionamento: terça a sexta, das 10h às 21h – Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h
Informações (31) 3289-8900
www.casafiatdecultura.com.br
Contando com a curadoria de dois grandes artistas mineiros, João Castilho e Pedro David, a exposição “Em Desencanto - Fotografia Mineira Contemporânea”, que fez parte da programação do 4º Festival de Fotografia de Tiradentes, estará aberta ao público entre 30 de outubro e 21 de dezembro no Museu Mineiro, em Belo Horizonte. Idealizada pelo curador e coordenador do evento, Eugênio Sávio, a Mostra é um recorte da nova produção mineira com obras de 19 fotógrafos. Para adaptar a exposição ao novo espaço, foi preciso adequar a curadoria. Na mostra em Tiradentes, foram exibidas 118 imagens, enquanto no Museu Mineiro serão 104 fotografias e quatro vídeos.
Os artistas selecionados vêm de diversos backgrounds, participando com uma ou mais fotografias, e/ou vídeos, na composição da exposição. Os nomes vão desde artistas já conhecidos, como Roberto Bellini e Randolpho Lamonier, até outros não tão divulgados ou que não vivem da fotografia, mas possuem trabalhos igualmente instigantes. Assim, ao visitar a exposição, o público terá acesso a obras com estilos e temáticas variadas, mas alinhadas ao mesmo conceito, um mundo em desencanto. “Novamente entrópico e em colapso, quiçá irreversível. Pós-apocalíptico, pós-industrial, sufocante, deteriorado, podre, abandonado, recusado. Não haveria de ser diferente, já que o contemporâneo, além de poético, tem que ser crítico, e não há outra fotografia possível, quando o que se quer é resistir” explica bem o curador João Castilho em texto de abertura da mostra.
A exposição busca refletir sobre a produção mineira que veio depois de um marco em sua história, o projeto Paisagem Submersa. Criado pelos fotógrafos João Castilho, Pedro David e Pedro Motta, o projeto influenciou toda uma geração e fez com que os três autores figurassem entre os mais importantes do cenário artístico contemporâneo. Durante seis anos, eles fizeram o que chamam de “documentário imaginário” da demolição das casas e da vida de cerca de 1.100 famílias que foram obrigadas a se mudar para outras regiões durante a formação do lago da Usina Hidrelétrica de Irapé, no leito do Rio Jequitinhonha.
LISTA DE ARTISTAS - OBRAS SELECIONADAS
1. Cecilia Pederzoli – “Sem título”
2. Daniel Moreira – “Paisagem ambulante 381”
3. Élcio Paraiso – “Terra de preto velho”
4. Guilherme Bergamini – “Desconstrução”
5. Henrique Marques – “Enquanto contemplamos a destruição ou o terror que me invade [vídeo]”
6. Henrique Gualtieri – “Playground in Kyoto”
7. Ícaro Moreno – “Relicário [vídeo]”
8. Jomar Bragança – “Asfixia”
9. Jonas Grebler - Trípitco da série “Dois”
10. Jorge Quintão – “(des)apego”
11. Paula Huven – “Apnéia”
12. Pedro Silveira – “Aresta”
13. Rafael Carneiro – “DoisLados”
14. Randolpho Lamonier – “Diários em combustão” e “Carbono 14 [vídeo]”
15. Raquel Versieux – “Ciência das temperaturas”
16. Roberto Bellini – “Teoria da paisagem”
17. Sara Não Tem Nome – “Bahia Horizontal – subsérie: estradas”
18. Wenderson Fernandes – “Vadios”
19. Wilson Ferreira – “Totens”
SERVIÇO
Em Desencanto – Fotografia Mineira Contemporânea
Data: 30 de outubro a 21 de dezembro de 2014
Local: Museu Mineiro
Av. João Pinheiro, 342 - Centro - Belo Horizonte/MG
Terça, quarta e sexta-feira – das 10h ás 19h
Quinta-feira – das 12h às 21h
Sábado e domingo das 12h às 19h
Entrada Franca
A partir do dia 8 de outubro, o Centro Cultural UFMG (Av. Santos Dumont, 174 - Centro) recebe a exposição "Memória da Paisagem - Uma arquitetura urbana: rasura do tempo", do artista Marcelo AB. A exposição vai até o dia 9 de novembro.
O artista mineiro, Marcelo AB, expõe pinturas de sua autoria que foram criadas a partir de imagens de baixa resolução das câmeras da BHTRANS, que filmam o trânsito de BH. O intuito principal do artista é que sua obra tenha um caráter artesanal, re-interpretando as imagens através de pinturas e convertendo em sensações.
Visitação de 8 de outubro a 9 de novembro de 2014
Horário: terças a sextas, de 10h às 21h;
sábados e domingos, de 10h às 18h.
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